O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, descartou nesta sexta-feira (29/08) qualquer hipótese de se candidatar à Presidência da República em 2010. "Não há a menor hipótese. [de ser candidato a presidente em 2010]. Hoje, o [José] Serra está mais perto, pois tem um patamar mais alto, por estar no governo de São Paulo. O presidente Lula não podendo ser candidato em 2010, o jogo fica mais equilibrado", disse o tucano em entrevista ao UOL.
Ele disse ainda que irá trabalhar para unir o partido em 2010. Sobre a participação de Serra em sua campanha, Alckmin afirmou estar "muito satisfeito". "Quem tem que pedir voto, ir para a rua, é o candidato.". O tucano falou sobre as pesquisas de intenções de voto. "No segundo turno, pesa muito a rejeição, a minha rejeição é de 13%, 14%, a da minha adversária [Marta Suplicy] é praticamente o dobro.".
Alckmin afirmou que não tem nenhum interesse em fazer críticas a A ou a B. "Quero fazer uma campanha propositiva. O tucano também destacou que defende uma reforma política que diminua a quantidade de partidos. "Precisamos ter partidos com fidelidade partidária, com propostas, com programas. É preciso melhorar o sistema político." Ele defendeu ainda o voto distrital e facultativo e a cláusula partidária.
O tucano também falou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ele tem uma história política invejável. Isso não quer dizer que ele faça um grande governo não.".
Questionado sobre investimentos no metrô, caso eleito, o tucano afirmou que pretende financiar de três formas: "Primeiro, recursos do orçamento da prefeitura, investir o máximo que puder, se puder investir mais de R$ 1 milhão, ótimo; segundo, setor privado, operações urbanas (a ex-prefeita preferiu colocar o recurso do metrô naqueles túneis que terminam em semáforo); o terceiro, financiamento, vou trabalhar para que a prefeitura tenha o mesmo nível de financiamento dos Estados".