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Chicaroni admitiu suborno em depoimento, diz procurador

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O procurador Rodrigo de Grandis disse nesta quinta-feira (7/08) que o lobista Hugo Chicaroni confirmou que "recebeu R$ 865 mil do Banco Opportunity para oferecer a um delegado da Polícia Federal (PF) a título de propina", em depoimento, hoje, à 6ª Vara de Justiça de São Paulo. Porém, a defesa de Chicaroni alegou que o pedido de suborno partiu do delegado da PF Vitor Hugo Rodrigues Alves e também do delegado que comandou a Operação Satiagraha, Protógenes Queiroz O procurador falou com a imprensa após sair dos interrogatórios do sócio-fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas, do ex-presidente da Brasil Telecom, Humberto Braz, e de Hugo Chicaroni. De acordo com o procurador, não houve uma acareação entre os acusados, mas a assessoria da 6ª Vara de Justiça de São Paulo informou que Chicaroni e Braz chegaram a ficar cerca de cinco minutos na mesma sala, junto com o juiz Fausto Martins De Sanctis A defesa de Chicaroni alegou ainda que foi um flagrante preparado pela polícia. "Não houve oferta de dinheiro, houve pedido", disse a advogada Maria Fernanda Muniz. "Segundo a narrativa de Chicaroni, o dinheiro foi pedido pelos delegados Protógenes e Vitor Hugo", afirmou. De acordo com outro advogado de Chicaroni, Alberto Carlos Dias, seu cliente e Protógenes tinham relação de amizade e o delegado federal teria usado esta amizade. "A operação foi consubstanciada numa relação da amizade", disse. "Há 7 anos eram amigos, almoçavam juntos e conversavam amenidades. O procurador Rodrigo de Grandis informou ainda que Dantas ficou calado durante o depoimento. "Daniel Dantas ficou em silêncio e perdeu a oportunidade de oferecer sua versão dos fatos", disse o procurador. De acordo com o advogado do banqueiro, Nélio Machado seu cliente exerceu o direito de permanecer em silencio em razão da falta da transcrição integral das gravações que teriam flagrado Braz e Chicaroni negociando o pagamento de propina