O deputado federal Aldo Rebelo (PC do B), candidato a vice-prefeito na chapa de Marta Suplicy (PT), afirmou nesta terça-feira que a petista permanecerá, se eleita, no cargo por todo o mandato e, caso reeleita, seguirá sua segunda gestão integralmente. No último dia 20, um eleitor do tucano Geraldo Alckmin, adversário da ex-prefeita, cobrou do ex-governador o cumprimento integral do mandato, se eleito. Marta e Alckmin são cotados para disputar o governo estadual ou a Presidência, em 2010.
"A Marta é candidata a ficar oito anos na Prefeitura de São Paulo porque, naturalmente, em sendo eleita prefeita de São Paulo, será candidata à reeleição. É isso que imaginamos", afirmou Rebelo. O comunista disse ainda que o compromisso da candidata em permanecer no cargo deve-se à importância e o papel que a capital paulista tem no país. "Eu acho que a cidade de São Paulo, pela importância e pelo papel que tem no país, tem essa consideração da parte dela [Marta]. É isso que ela tem falado para mim e para todo o mundo", disse.
Kassab
Aldo negou que a chapa pretende enfraquecer a candidatura do prefeito Gilberto Kassab (DEM) - que tenta a reeleição -, movendo ações contra ele como estratégia de polarizar a campanha em torno de nome da petista e do tucano. O vice de Marta participou de caminha no centro da cidade promovida por centrais sindicais, entre elas a CUT.
"Nós não temos a intenção de desidratar [enfraquecer] a candidatura de ninguém. Nem a do Kassab nem a do Alckmin. Nós temos por objetivo discutir as propostas para a cidade de São Paulo", afirmou.
Kassab disse ontem que a petista tentar ganhar a eleição no "tapetão", ou seja, entrando com ações na Justiça Eleitoral contra o democrata. Reportagem da Folha de domingo revela e-mail do prefeito para subordinados orientando-os sobre uma "ação" para tentar influenciar a última pesquisa Datafolha. Ele nega. Petistas entraram com ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
"Estou muito tranqüilo, já dei minhas explicações. É uma pena que alguns candidatos queiram ganhar no tapetão. Vamos deixar o povo decidir", disse ontem o prefeito.