Jornal Correio Braziliense

Politica

Lula reitera que ministros podem participar de campanhas municipais

Dilma Rousseff e José Múcio, porém, não poderão subir em palanques. Presidente quer que ministros evitem divergências entre aliados na campanha eleitoral

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, alguns ministros para falar sobre as eleições municipais. Na conversa, interlocutores informaram que o presidente apelou para que eles evitem divergências políticas entre os aliados da base que apóia o governo federal. De acordo com alguns dos presentes, Lula reiterou que os ministros estão autorizados a participar de campanhas eleitorais em todo país. Mas ressaltou que a regra não é válida para os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e José Múcio Monteiro (Relações Institucionais). Dilma e Múcio poderão fazer campanhas eleitorais somente em seus Estados. No caso de Dilma, o Rio Grande do Sul, onde ela deverá subir no palanque da petista Maria do Rosário - que é candidata em Porto Alegre (RS). Múcio fará campanha em Pernambuco. Por opção pessoal, o ministro tem escolhido fazer campanha no interior do Estado, evitando a capital - Recife (PE). A reunião política que tratou exclusivamente sobre as eleições municipais foi realizada logo em seguida à de coordenação, no Planalto. Ao longo desta semana o comando nacional do PT deve concluir as gravações nas quais ministros ligados ao partido enviam mensagens e tratam dos candidatos petistas nos municípios. As inserções serão incluídas nos programas eleitorais de rádio e TV. O secretário de Comunicação do PT, Gleber Naime, afirmou que os detalhes sobre as gravações não poderiam ser fornecidos porque eram "restritos" ao partido. O presidente participará diretamente de apenas duas campanhas eleitorais: a da candidata do PT à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, e do candidato petista à prefeitura de São Bernardo (SP), Luiz Marinho. Em outras localidades, ele autorizou a veiculação de sua imagem. Josias informa ainda que essa decisão de Lula deverá ser mudada no segundo turno das eleições. O presidente quer evitar embates diretos entre os candidatos que são adversários locais, mas aliados em nível nacional por isso sua iniciativa de evitar as campanhas no primeiro turno.