O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou contar com o trabalho voluntário de pessoas simpáticas a sua candidatura para combater a estrutura de campanha de Marta Suplicy (PT) na cidade. Alckmin e Marta lideram a corrida eleitoral de acordo com a última pesquisa Datafolha.
Segundo Alckmin, a militância do PSDB nunca esteve "tão aguerrida". "Temos sentido nessa campanha muita gente nos procurando, colocando-se à disposição para ajudar", afirmou.
Acompanhado do vereador José Rolim (PSDB), Alckmin esteve neste sábado na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Dizendo-se um morador da região --mora no Morumbi, bairro de classe alta vizinho à favela--, o ex-governador esteve com lideranças comunitárias, visitou o comércio local e causou transtorno no trânsito das estreitas ruas.
Aos moradores, prometeu aumentar o número de vagas em creches e falou da necessidade de melhorar o transporte coletivo na cidade. O candidato defende o modelo de transporte utilizado em Bogotá, na Colômbia, onde esteve por dois dias nesta semana.
"Aguerridos"
Durante a visita a Paraisópolis, candidatos a vereador, assessores e dezenas de cabos-eleitorais acompanhavam o candidato a prefeito. Bandeiras e carros de som identificavam a comitiva tucana.
Apesar de considerar a militância "aguerrida", a candidatura de Alckmin não é unanimidade no âmbito municipal do PSDB. Até a convenção do partido, no mês passado, uma ala do partido defendia o apoio à reeleição do atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM).
O próprio Rolim, que hoje fez campanha para Alckmin, assinou uma lista pedindo a inclusão de uma chapa pró-Kassab na convenção tucana. Alguns membros do partido chegaram a se licenciar do PSDB para poder fazer campanha para o atual prefeito.