O banqueiro Daniel Dantas chegou por volta das 15h desta quarta-feira (16/7) na Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, onde vai prestar depoimento. Ele é investigado na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, por suposta tentativa de suborno e prática de crimes financeiros.
Dantas foi preso duas vezes na semana passada, mas foi solto beneficiado por decisões do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. A primeira prisão foi decretada pelo juiz federal Fausto Martins de Sanctis, 6 ª Vara Criminal da Justiça Federal, em São Paulo, na última terça-feira (8/7), quando foi deflagrada a operação. A defesa do banqueiro recorreu ao STF e, no dia seguinte, Gilmar Mendes concedeu o primeiro habeas corpus.
Cerca de dez horas depois que Dantas deixou a carceragem da Superintendência da PF em São Paulo, o mesmo juiz federal decretou novamente a prisão de Dantas, desta vez preventiva, com base em documentos apresentados pela PF e pela Procuradoria. Um depoimento também reforçou o pedido de prisão por tentativa de suborno.
Segundo a Procuradoria, Hugo Chicaroni, também preso na operação, confessou em depoimento os preparativos da tentativa de suborno de um delegado federal para que o nome de Dantas e de integrantes da sua família fosse retirado de um inquérito da PF sobre supostas operações ilícitas. A defesa de Chicaroni nega.
Dantas voltou à prisão e a defesa do banqueiro recorreu novamente ao STF. Apesar das novas provas, Gilmar Mendes concedeu novo habeas corpus na sexta-feira à tarde. O banqueiro foi solto e teria voltado ao Rio de Janeiro, onde mora.