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Juiz nega ter autorizado monitoramento do gabinete de Gilmar Mendes

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O juiz federal Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal, negou ter autorizado o monitoramento do gabinete do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, pela Polícia Federal. Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira, o juiz afirma que as informações a respeito do suposto monitoramento apenas serviram para "tentar desqualificar as ações da Justiça Federal". Segundo informou o Painel, publicado nesta sexta-feira na Folha, o presidente do Supremo foi informado na quinta-feira (10/07) por uma desembargadora do TRF-SP (Tribunal Regional Federal) de que seu gabinete foi monitorado pela PF a pedido de Sanctis. O presidente do STF, inclusive, encaminhou à Corregedoria Nacional de Justiça, ao Tribunal Regional Federal de São Paulo e ao Conselho da Justiça Federal a denúncia de que seu gabinete no tribunal teria sido monitorado a pedido de Sanctis. "Jamais foi proferida decisão emanada deste juízo autorizando o monitoramento de pessoas com prerrogativa de foro, como veiculado na matéria jornalística", diz a nota assinada por Sanctis. O juiz ainda diz ter convocado o delegado da PF Protógenes Queiroz, responsável pelas investigações da Operação Satiagraha, que também negou as alegações. "Todos os dados trazidos ao juízo, originam-se apenas de monitoramento (telemático e telefônico) dos investigados, com a devida autorização judicial", afirma na nota. "Desde que identificado qualquer desvio de conduta por parte da Polícia Federal, certamente este magistrado adotará medidas competentes", conclui o juiz federal. Satiagraha A Operação Satiagraha investiga suposta prática dos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas, formação de quadrilha e tráfico de influência para a obtenção de informações privilegiadas em operações financeiras. Entre os presos na operação, está o dono do banco Opportunity, Daniel Dantas. Ele foi preso pela PF na terça-feira (8), mas liberado na madrugada de ontem após o STF conceder habeas corpus pedido pela defesa do banqueiro por considerar a prisão "desnecessária". Horas depois, Dantas foi preso novamente a pedido de Sanctis, em razão de documentos encontrados nas buscas realizadas na terça-feira e de oitiva de uma testemunha que teriam fortalecido a suposta ligação entre o preso e a prática do crime de corrupção.