O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, ordenou uma varredura nos telefones da corte para identificar suposta existência de grampos telefônicos. A determinação ocorreu depois de Mendes ter sido alertado por uma desembargadora de São Paulo de que estaria sendo monitorado e que havia trechos de suas conversas com assessores em que falava mal do juiz Fausto Martin De Sanctis, que determinou a prisão preventiva do sócio-fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas, e de outros investigados na Operação Satiagraha.
A varredura dos telefones do Supremo é um procedimento de rotina. Mas, de acordo com assessores do STF, a partir de agora passará a ser feita com maior freqüência. Ontem, depois de ser alertado pela desembargadora, Mendes telefonou para o ministro da Justiça, Tarso Genro, para cobrar providências. Genro negou que Mendes estivesse sendo monitorado pela Polícia Federal (PF). O diretor-geral da corporação, Luiz Fernando Correa, também foi pessoalmente ao gabinete de Gilmar Mendes para negar a existência de qualquer investigação contra o presidente do STF.