Candidato à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Paulo Maluf (PP) evita falar sobre a prisão do ex-prefeito Celso Pitta, alçado por ele à carreira política e preso na terça-feira (8/7) durante a Operação Satiagraha da Polícia Federal, durante campanha no centro da capital paulista nesta quinta-feira (10/7).
No corpo-a-corpo com eleitores, Maluf também foi hostilizado. O deputado iniciou a caminhada às 10h10 na rua José Paulino, no bairro do Bom Retiro, região de forte comércio popular. Pelos 250 metros que caminhou durante uma hora, visitou lojas, deixou-se fotografar, recebeu apoio de eleitores e foi hostilizado por populares.
Questionado sobre a prisão de Pitta, limitou-se a dizer em todas as respostas: "Eu desconheço esse assunto". Ricardo Tanganelli, 22 anos, passou pela comitiva de Maluf, com correligionários e seis seguranças particulares, e gritou "Maluf, ladrão". O deputado continuou cumprimentando eleitores e Tanganelli seguiu sem ser molestado pelos seguranças.
"Não voto no Maluf de jeito nenhum", disse. "Ninguém vai ter 100% unanimidade. Ninguém. Agora, que tem alguém descontente, acho ótimo porque isso é a democracia. Não vou ficar triste com isso não. Se tem alguém descontente, ele não é culpado não. O culpado sou eu porque não consegui transmitir a ele que eu fui o melhor prefeito de São Paulo", afirmou Maluf.
Já Oscarina Ribeiro, 72 anos, fez questão de posar ao lado de deputado. "Eu sempre votei nele", disse. Ela afirmou que as insinuações ouvidas por Maluf no local "foram coisa de gente que tem inveja dele".