O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), deu explicações nesta quinta-feira (10/7) sobre a decisão da Mesa Diretora da Casa de permitir a criação de 97 novos cargos sem a realização de concurso público. De acordo com o texto, senadores e lideranças poderão contratar mais um assessor de gabinete, a partir de agosto, com salário de R$ 9.979,24. Garibaldi ressaltou que foi o único parlamentar a votar, ontem (9), contra a decisão.
"Não há como se ter uma explicação mais convincente para isso. Fiz uma advertência de que isso não deveria ser colocado em votação. Votei terminantemente contra, porque creio que o momento não é apropriado para nenhuma criação de cargo e nem aumento de qualquer natureza", afirmou Garibaldi.
As contratações custarão quase R$ 1 milhão a mais por mês ao Senado. Mas, segundo Garibaldi, "o problema não é financeiro, é político, de natureza estrutural. O Senado, na verdade, não está precisando criar mais cargos. Há outras prioridades". Ele acrescentou que o concurso anunciado para a Casa "é muito mais necessário que o aumento de cargos dessa natureza".
Os senadores, no entanto, não são obrigados a fazer essas contratações. O diretor-geral do Senado, Agaciel da Silva Maia, explicou que toda vez que a Câmara aumenta a verba de gabinete ; como aconteceu em abril deste ano ; o Senado cria um cargo com valor correspondente ao reajuste dado aos deputados.