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STF erra ao criticar PF antes de decidir sobre Dantas, diz OAB

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, errou ao criticar a atuação da Polícia Federal (PF) e, logo em seguida, decidir conceder habeas-corpus ao banqueiro Daniel Dantas, um dos presos na Operação Satiagraha. Essa é a avaliação do presidente da seccional do Rio de Janeiro e integrante do Colégio de Presidentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous. Na noita desta quarta (9/7), o STF mandou soltar Dantas e mais dez presos na operação. O banqueiro deixou a carceragem da PF já na madrugada. O ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o megainvestidor Naji Nahas não foram beneficiados pelo habeas-corpus e continuam presos. Para o presidente da OAB do Rio, Mendes não deveria ter se pronunciado antecipadamente. "Ele se posicionou contrário à ação da PF e, no dia seguinte, concedeu liminar que causa perplexidade na opinião pública", disse Damous. "Acho que ele não deveria ter se pronunciado, não deveria ter falado nada pois teria que julgar depois", criticou. Damous preferiu não comentar a decisão do presidente do STF, pois disse desconhecer os autos. E ponderou que os juízes não devem se deixar influenciar pela opinião pública. "Quando o Judiciário julga esses casos que causam comoção popular e vão contra a opinião pública sempre causa perplexidade. Mas o juiz não pode se contaminar pelo clamor popular".