O clima esquentou nesta quarta-feira (9/7) no Senado por causa da operação da Polícia Federal que prendeu na terça, entre outros, o banqueiro Daniel Dantas. O auge da confusão foi protagonizado pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e o senador Pedro Simon (PMDB-RS).
Simon criticou a postura de alguns senadores que pediram a palavra para atacar a ação da PF. Os tucanos Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio repudiaram a postura como a polícia agiu, algemando os presos e levando junto uma equipe de televisão.
"A pergunta que se faz é: por que a televisão? A televisão deveria tomar conhecimento depois. Por que a televisão? Por que o sentido da espetaculosidade? Por que a idéia que se passa de um Estado policial? Isso não é bom para a democracia brasileira", afirmou o líder do PSDB.
Simon então decidiu provocá-los. "Vocês já se deram conta de quantas vezes a Polícia Federal entrou na miséria e na fome e ainda matou? Eu não vi protestos", disse o peemedebista.
Ele e Virgílio bateram boca. Da tribuna, o líder do PSDB revidou. "Não gostaria de terçar mais armas com Vossa Excelência. Não gostaria. Se temos a mesma opinião sobre ladrões, se temos a mesma opinião, não sei por que temos de defender essa opinião de modo divergente. Vossa Excelência se excluindo e, supostamente, incluindo-me e a outros numa vala comum. Não aceito essa vala comum".