O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e os líderes partidários discutiram nesta terça-feira (1/7) o recesso branco que deverá vigorar na Casa nos dois meses que antecedem as eleições municipais. A idéia é fixar algumas datas para votação e permitir que, no restante dos dias, os deputados possam se dedicar às campanhas eleitorais. O esquema especial ainda não está fechado, mas a proposta é restringir as votações à primeira e à terceira semanas de agosto e à segunda semana de setembro.
Nesse período, seriam realizadas sessões de segunda a quinta. Fora dessas datas, não seria exigida a presença do parlamentar em Brasília. Chinaglia havia anunciado inicialmente que haveria votações nas terças e nas quartas-feiras durante todos os meses, chegando a sugerir que os deputados que quisessem se dedicar às campanhas tirassem licença, mas acabou mudando de idéia depois da pressão dos líderes.
Nova rodada de negociaçõe
Mesmo com as discussões deta tarde, o presidente da Câmara, preferiu convocar uma nova reunião de líderes para amanhã na tentativa de chegar a um acordo de procedimento nas votações do plenário. Cinco medidas provisórias já trancam a pauta da Casa e, em curto prazo, outras duas MPs e um projeto de lei em regime de urgência vão obstruir os trabalhos. Sem entendimento, apenas MPs deverão ser votadas até o início do recesso em 18 de julho, sem chance de abertura de uma "janela" para votação de outros projetos de interesse do Legislativo.
No centro da tentativa de acordo está a votação do último ponto do projeto que cria a Contribuição Social para a Saúde (CSS). A oposição quer adiar a votação para mais próximo das eleições, na expectativa de aumentar as dificuldades de aprovação da proposta. Por isso, a oposição evita destrancar a pauta obstruída por MPs.