A missa de sétimo dia da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, será realizada nesta terça-feira, a partir das 11h, na capela do Colégio Sion, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Ruth Cardoso morreu às 20h40 da última terça-feira, em sua casa, no bairro de Higienópolis.
Segundo nota médica, a ex-primeira-dama, 77, foi vítima de arritmia grave decorrente de doença coronariana. Ela estava conversando com o filho Paulo Henrique quando passou mal. FHC não estava em casa. O corpo de Ruth Cardoso foi enterrado na quinta-feira, por volta das 10h30, no cemitério da Consolação, em São Paulo. O velório ocorreu na Sala São Paulo, na região central da cidade. Carreira.
Nascida em 19 de setembro de 1930 na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, Ruth Correa Leite Cardoso foi professora de Antropologia e Ciência Política na USP (Universidade de São Paulo) e pesquisadora do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) em São Paulo.
Bacharel em ciências sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, a ex-primeira-dama se casou em 1953 com Fernando Henrique, com quem teve três filhos.
Em 1972, recebeu o título de doutora em Antropologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Anos depois, concluiu pós-doutorado na Universidade de Columbia em Nova York e também foi professora em universidades americanas e inglesas.
Durante o mandato de FHC (1995-2002), dona Ruth fundou o projeto Comunidade Solidária em 1995, uma ação de combate a pobreza e a exclusão social. Atualmente, fazia parte do conselho diretor da Oscip (organização da sociedade civil de interesse público) Comunitas, criada para para dar continuidade aos projetos do Comunidade Solidária.
Entre seus cargos de destaque, presidiu o conselho assessor do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre Mulher e Desenvolvimento, foi membro da junta diretiva da UN Foundation e da Comissão da OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre as Dimensões Sociais da Globalização e da Comissão sobre a Globalização.
Tornou-se uma das das principais referências sobre antropologia no país, tendo escrito diversos livros sobre temas relacionados, como juventude, violência e cidadania.