A ex-primeira-dama Ruth Cardoso, de 77 anos, morreu nesta terça-feira (24/06), às 20h40, no apartamento da família, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Um enfarte fulminante foi apontado pelos médicos como a causa da morte. Ruth Cardoso tinha problemas cardíacos há mais de dez anos e já havia passado por duas cirurgias para a implantação de stents - próteses metálicas colocadas no interior das artérias coronarianas para a desobstrução do fluxo sanguíneo. Segundo a assessoria do PSDB, o velório será realizado na Sala São Paulo, no bairro da Luz, centro de São Paulo.
A ex-primeira-dama foi internada na última quinta-feira no Hospital Sírio Libanês com fortes dores no peito que foram diagnosticadas como uma crise de angina - falta de irrigação sanguínea nos músculos cardíacos. Ruth permaneceu internada até segunda-feira de manhã, quando recebeu alta.
No mesmo dia foi internada no Hospital do Rim e Hipertensão (ligado ao Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo), na rua Borges Lagoa, zona sul de São Paulo, onde passou por um cateterismo - procedimento invasivo para diagnosticar ou corrigir problemas cardíacos. Dessa vez, passou menos de 24 horas internada e foi liberada pelos médicos para ir para casa. Segundo o cardiologista Arthur Beltrame, médico que fazia o acompanhamento da ex-primeira-dama, o procedimento foi considerado ;bem sucedido; pela equipe clínica. ;Ela tinha problemas coronarianos há mais de seis anos e hoje teve uma morte súbita;, afirma.
Beltrame explica que não havia motivos para mantê-la internada. ;O cateterismo foi considerado normal e os médicos estavam contentes com o resultado. No entanto, a Medicina não é uma ciência exata, não é onipotente;, afirma.
Em nota do Hospital do Rim e Hipertensão, lida em frente ao prédio da família, os médicos afirmam que o problema arterial encontrado durante o cateterismo é o mesmo que já havia sido diagnosticado em 2004. De acordo com a nota, Ruth teve uma forte arritmia cardíaca antes de morrer. O comunicado é assinado pelos cardiologistas do Hospital do Rim e Hipertensão e da Unifesp, Arthur Beltrame, Valter Lima e Edson Stefanini.
Ruth Cardoso tinha um histórico de problemas cardíacos. Em 1998, ainda como primeira-dama, foi levada ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília, mais uma vez com uma crise causada por uma arritmia cardíaca. Na ocasião, o mal estar foi atribuído ao clima quente e seco do Distrito Federal
O governador de São Paulo, José Serra, decretou luto oficial de três dias.