A Procuradoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro denunciou o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), e mais sete pessoas por fraude em licitação. Segundo o Ministério Público, logo após assumir o cargo em 2005, o petista ordenou a realização de uma licitação, em caráter emergencial, para a contratação de serviços de publicidade por cerca de R$ 600 mil. O objetivo seria divulgar ações desenvolvidas pela prefeitura.
Segundo o MP, a vencedora do contrato, a Supernova Mídia e Comunicação, foi favorecida no processo. Lindberg deveria R$ 250 mil para a empresa referente a serviços prestados durante a campanha dele para a prefeitura, em 2004. O MP acusa que ainda houve a violação de outros dispositivos do processo, do qual também participou a Identigraf Design e Impressos.
Além do prefeito, são alvos da denúncia o então secretário de Governo do Município, André Luiz Ceciliano, o antigo presidente da Comissão de Licitação de Nova Iguaçu, Jayme Orlando Ferreira, os membros efetivos da comissão Janaína da Conceição Gomes dos Santos Silva e Marília de Oliveira Machado e os sócios da Supernova Carlos Marcos Colonnese, Francisco de Oliveira Junior e Alexandre Paschoa Monteiro.
A fraude em licitação prevê detenção de dois a quatro anos. Se forem condenados, Lindberg e Ferreira poderão ter suas penas aumentadas por supostamente liderarem a ação. A Justiça já declarou a indisponibilidade dos bens do prefeito e dos integrantes da comissão. Segundo o MP, a denúncia contra Lindberg poderá ser utilizada na Justiça Eleitoral para a impugnação da candidatura à Prefeitura de Nova Iguaçu, caso ele pretenda se reeleger.