O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou que acha pouco provável que as denúncias sobre desvios de verbas de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sejam realmente relativas a projetos do PAC. Ele disse, em conversa com jornalistas após participar de um compromisso público, que fraudes com dinheiro público são inaceitáveis e que seus autores "vão para o inferno, com certeza".
Segundo o ministro, a liberação de dinheiro para obras do PAC não depende de tráfico de influência ou de lobby, porque os recursos não são contingenciados. Bernardo classificou de "grave" as denúncias de ocorrência de fraudes em licitações de obras públicas.
Bernardo afirmou que não se pode aceitar fraudes em nenhum projeto financiado com verbas públicas. "Principalmente, recursos para habitação e saneamento, que vão beneficiar os mais pobres. Não sei se essas pessoas (autoras das fraudes) vão parar na cadeia, mas, no inferno, com certeza, elas vão parar."
O ministro do Planejamento informou que o governo já acionou a Controladoria Geral da União e a Polícia Federal para investigarem as denúncias. "Fraude é assunto de polícia, é assunto de Justiça. Nós não podemos, de forma nenhuma, pactuar com isso", afirmou, ao sair do III Seminário Internacional sobre Federalismo e Desenvolvimento, organizado pela Associação Brasileir ade Municípios (ABM).