Os líderes da base aliada decidiram, em encontro, que tentarão começar a votar nesta terça-feira os quatro pontos que faltam para concluir a aprovação do projeto que cria a Contribuição Social para a Saúde (CSS). Para isso, terão de votar a medida provisória (MP) que tranca a pauta do plenário. Já a oposição decidiu continuar a obstruir a votação, pelo menos até um acerto com os senadores. Os líderes do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), do PSDB, José Aníbal (SP), e do PPS, Fernando Coruja (SC), também em reunião, marcaram um encontro com os líderes do Senado para avaliarem uma estratégia conjunta.
A questão é saber se, naquela Casa, o governo terá ou não votos suficientes para aprovar a CSS e, em caso negativo, se a oposição conseguirá incluir a proposta na pauta do plenário, rapidamente, para derrubar o imposto. Como a administração federal poderá segurar o projeto, evitando a votação antes das eleições, a oposição na Câmara deverá continuar dificultando o término da aprovação. "Se não der para acelerar a votação no Senado, podemos segurar por mais tempo na Câmara e criar mais constrangimento para o governo e envolver mais a sociedade da discussão", afirmou ACM Neto.
A sessão no plenário da Câmara começou na tarde de hoje. A oposição apresentou requerimentos para evitar a votação da MP e, em conseqüência, atrasar o remate da votação do tributo. Os líderes governistas afirmaram acreditar num placar mais favorável nas votações restantes da proposição do que a obtida na quarta-feira, quando foi aprovada a criação da CSS, com dois votos a mais do que o mínimo necessário.