A CPI do Detran rejeitou na tarde desta segunda-feira por 10 votos a 2 a convocação do vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Feijó (DEM), para prestar depoimento na Assembléia Legislativa do Estado. Os deputados apuram possíveis desvios no Detran-RS apontadas pela Polícia Federal durante a Operação Rodin.
Após o requerimento ser rejeitado, o presidente da CPI, deputado Fabiano Pereira (PT), tenta outra manobra para tentar ouvir o vice de Yeda Crusius (PSDB). Pereira pretende formalizar um convite para que Feijó compareça à Assembléia. "Está feito o convite para que o senhor Paulo Feijó venha na quarta ou na quinta à CPI", disse o deputado.
Em 6 de junho, Feijó divulgou a gravação de uma conversa com o então chefe da Casa Civil gaúcha, Cézar Busatto, na qual este admitia o uso de estatais no financiamento de campanhas. A divulgação da gravação provocou a queda de Busatto e acentuou a crise política no Estado.
Durante a seção da tarde desta segunda-feira da CPI, os deputados também rejeitaram o requerimento que pedia a convocação do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio Grande do Sul, João Luiz Vargas.
Na mesma seção foi aprovada a convocação do ex-representante do governo gaúcho em Brasília, Marcelo Cavalcanti. Ele deve ser ouvido na próxima quinta-feira (19). Ainda na seção desta segunda-feira os deputados esperam ouvir o depoimento do ex-secretário geral do governo, Delson Martini. Martini deverá explicar à comissão a citação do seu nome nas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal. Ele vai comparecer à comissão na condição de testemunha.