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DEM decide na próxima semana destino político de vice-governador do RS

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A Executiva Nacional do DEM deve decidir no próximo dia 24 se o vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Feijó, deve ser punido ou poupado pelo partido por ter feito escutas telefônicas. Feijó divulgou a gravação de uma conversa que teve com um colega de governo na tentativa de comprovar denúncias de irregularidades. Na última quinta-feira, foi aberto processo de expulsão contra Feijó depois que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) encaminhou uma representação. O senador pede a expulsão de Feijó por acreditar que ele faltou com a ética ao gravar um colega de governo. Nesta semana, o relator do caso no DEM, deputado André de Paula (PE), disse à reo que vai ouvir Feijó e Heráclito e analisar os documentos referentes ao processo. "Vou trabalhar por um relatório que reflita a posição do partido e não de ´a´ ou ´b´. Já li a representação do senador Heráclito, participei da reunião do partido semana passada, ouvi as explicações que o vice-governador deu à bancada e esta semana vamos dar os novos encaminhamentos", disse o relator à *Folha Online*. Crise O governo do Rio do Sul passa por uma profunda crise política que foi agravada com a divulgação de gravações feitas por Feijó. O vice-governador divulgou gravação de uma conversa em que o ex-chefe da Casa Civil do governo do Estado Cézar Busatto admite o uso de estatais no financiamento de campanhas. Em entrevista à *Folha*, Feijó disse ainda ter cópias de e-mails e planilhas da época da campanha que o elegeu vice da governadora Yeda Crusius (PSDB), que é sua adversária política. Na tentativa de conter a crise, Yeda instaurou um governo de transição, pediu que os secretários estaduais colocassem os cargos à disposição e ainda obteve o apoio do diretório nacional do PSDB. Desde a semana passada o diretório nacional do PSDB iniciou uma força-tarefa para ajudar a governadora. Os tucanos deflagraram uma frente de negociação em Brasília com partidos aliados, enquanto congressistas visitarão o Estado para discutir com Yeda como reverter a crise ainda em tempo de salvar alianças para as eleições. Punição A reportagem apurou que a tendência do comando nacional é de evitar a expulsão de Feijó. Seguindo o código de ética do DEM, que estabelece uma série de penalidades, é possível que a punição estabelecida ao vice-governador seja a de advertência. Com isso, o DEM conseguiria mostrar à sociedade que recrimina as escutas telefônicas, apontadas pela legenda como um método inadequado e incorreto. A decisão garantiria ainda mostrar que Feijó buscou atuar em favor da ética, uma vez que divulgou atos de irregularidades e luta pela transparência.