O prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani, foi novamente preso na manhã desta quinta-feira. A casa dele foi cercada pela Polícia Federal logo nas primeiras horas do dia durante a Operação De Volta Para Pasárgada. O foco principal da investigação é a origem de R$ 1,1 milhão apreendidos na casa do prefeito durante a Operação Pasárgada, que desmantelou uma quadrilha que liberava irregularmente verba do Fundo de Participação de Municípios (FPM).
Segundo as primeiras informações, há indícios de que o malote com notas de R$ 50 e R$ 100 apreendido com o prefeito são fruto de corrupção envolvendo empresários de Juiz de Fora. Também na manhã desta quinta-feira, foram detidos na cidade o empresário Francisco Carapinha e os filhos dele: Francisco José de Carvalho Carapinha e Wanderson Carapinha. Eles gerenciam uma empresa de ônibus.
Eles foram investigados depois que a polícia descobriu que o documento apresentado por Bejani, referente à venda de uma fazenda, é falso. Um quinto detido é Enílson Loçasso Cardoso, irmão da mulher do prefeito.
A polícia ainda não divulgou detalhes sobre a participação dos suspeitos com a suposta fraude. Foram cumpridos 15 mandados de prisão ; sendo sete preventivas e oito temporárias ; e outros 47 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Angra dos Reis (RJ) e Cabo Frio (RJ).
Dentro da mansão
Apesar de a polícia ter cercado a casa do prefeito no início da manhã, Bejani só deixou o imóvel às 11h. Ele teria tentado se livrar da prisão com um pedido de habeas corpus. Preso em abril durante a Operação Pasárgada, o prefeito passou 14 dias na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
(Com informações de Ricardo Beghini/Estado de Minas)