O depoimento de Francisco Moacir Pinto Filho começou por volta das 11h desta quinta-feira (12/06) no plenário da Câmara Legislativa. O empresário é dono da concessão dos seis cemitérios no Distrito Federal e está sendo interrogado pela CPI dos Cemitérios. No início da audiência, Moacir optou por ler um documento de apresentação com seis páginas.
A estratégia do concessionário tem sido diluir as responsabilidades. Ele relembrou diversas irregularidades em serviços funerários, de jardinagem e de marmoraria. ;Essa CPI é chamada dos Cemitérios, mas sabem vossas excelências que o setor funerário no Distrito Federal é composto por três categorias distintas, cada uma delas com funções específicas. Essas categorias, normalmente, são confundidas pela população e pela imprensa e tratadas como se fossem uma só;, afirmou.
O empresário chegou à Câmara acompanhado de, pelo menos, quatro seguranças armados. Perguntado pela deputada distrital Érika Kokay (PT) se ele teme ser vítima de atentado, Moacir disse que tem sido ameaçado nos últimos seis anos. E que se contar tudo o que sabe, ;morrerá;. Ele falou que tem provas materiais, ;150 mil páginas de documentos;, para comprovar acusações de conluio do setor com o poder público.
Mas Moacir disse que mantém com ele as provas porque tem medo de denunciar. ;Não posso encaminhar esses documentos. Se eu fizer isso vou ser morto. Mas eu sei quais as funerárias que mandam em cada um dos hospitais do DF;, afirmou.