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Politica

Paulinho se afasta da presidência do PDT em São Paulo

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O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, licenciou-se nesta quarta-feira da presidência do PDT em São Paulo. Paulinho também se afastou da executiva nacional do partido. O afastamento de Paulinho desses dois cargos será temporário, enquanto estiverem em curso as investigações envolvendo seu nome sobre supostas irregularidades na liberação de empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A informação sobre o afastamento de Paulinho consta de nota divulgada nesta quarta-feira pelo presidente do PDT e líder do partido na Câmara, deputado Vieira da Cunha (RS). De acordo com a nota, a decisão teve como objetivo preservar o partido, que tem "o inabalável compromisso com os princípios da moralidade pública e da probidade administrativa". Na nota, Vieira da Cunha informa que a decisão de afastamento foi tomada de comum acordo entre Paulinho e a direção partidária. Ele destacou que a decisão não significa a condenação do deputado. O PDT afirma ainda, na nota, esperar que o processo de investigação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) demonstre a não participação do parlamentar. "O que ensejará o recebimento do deputado Paulo Pereira da Silva de volta às funções de dirigente do partido das quais ora se afasta", informa. Vieira da Cunha encerra a nota reafirmando que o partido tem identidade com a ética e o compromisso público de não compactuar com ilicitudes. "O PDT nunca foi, não é e jamais terá lugar para corruptos", diz a nota. Junto com a nota, o PDT divulgou carta de Paulinho à direção nacional do PDT. Na carta, ele diz estar sendo alvo "de uma implacável, insidiosa e perversa campanha de desmoralização pública, toda baseada em acusações e denúncias falsas e manipuladas". Ele nega, na carta, qualquer relação com supostas ações de tráfico de influência para obtenção de empréstimo do BNDES e diz que provará sua inocência. Paulinho diz ainda, na carta divulgada pelo PDT, que com o mandato parlamentar tem liderado lutas vitoriosas em defesa dos trabalhadores. Chegou a se comparar a ex-presidentes. "Nos anos 50, os conservadores, os inimigos do povo e dos trabalhadores, tentaram manchar a honra do grande Getúlio Vargas, levando-o ao suicídio. Em 1964, golpearam o presidente João Goulart e o grande líder Leonel Brizola, que passou a vida inteira, até a morte, perseguida por essas forças", disse. Agora, continuou, ele é a vítima. "Agora é comigo. Por que? Porque querem tirar o protagonismo do movimento sindical no cenário político nacional". Ele conclui a nota comunicando seu licenciamento da presidência estadual do PDT.