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Depois de dia instável, petróleo fecha em queda nos EUA

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O preço do petróleo fechou em queda nesta terça-feira (10/06), depois de subir para US$ 137 pela manhã. A recuperação do dólar frente ao euro e a projeção de consumo menor feita pelo Departamento de Energia dos EUA ajudou a fazer com que as cotações cedessem. O barril do petróleo leve WTI para entrega em julho, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), fechou a US$ 131,31, baixa de 2,26%. O preço máximo atingido pela commodity hoje foi de US$ 137,98 e o mínimo, de US$ 130,80. O Departamento de Energia informou em um relatório mensal que o consumo de petróleo deve cair em 240 mil barris por dia neste ano --em maio, o departamento havia informado que o consumo em 2008 ficaria inalterado em relação ao de 2007. O alto preço seria a causa principal dessa redução de consumo. Recorde Na semana passada, o barril atingiu o recorde de US$ 139,01, devido à previsão do banco Morgan Stanley de que o preço da commodity pode chegar a US$ 150 em julho. Além disso, os investidores ainda se preocupam com o clima de hostilidade entre Israel e o Irã --segundo maior exportador da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Na sexta, um dos fatores que mais contribuiu para a disparada do preço foi a declaração do ministro dos Transportes de Israel, Shaul Mofaz, que disse que o Irã pode ser atacado se não abandonar seu programa nuclear. Nesta terça a IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês) reduziu suas previsões de consumo mundial de petróleo para este ano, em 80 mil barris diários; com isso a progressão dessa demanda mundial seria de 0,9% a respeito de 2007, com 86,8 milhões de barris diários. Demanda Nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), a demanda de petróleo neste ano deve cair 0,9% na comparação com 2007, para 48,6 milhões de barris diários, principalmente por causa dos Estados Unidos, onde o arrefecimento econômico se junta ao impacto da escalada de preços. A IEA considerou que, se a disparada dos preços prosseguir, uma nova revisão para baixo pode ocorrer. Além disso, informou que a alta do petróleo, por enquanto, está se traduzindo em maiores pressões inflacionárias, que podem atrasar a recuperação nos EUA e afetar sistemas de subvenção de combustíveis em alguns países em desenvolvimento. Os investidores também viram como sinal positivo a declaração do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que afirmou não estar descartada uma intervenção do governo no câmbio. "Eu nunca retiraria da mesa uma intervenção [no câmbio] nem qualquer outra ferramenta de política [econômica]", disse à rede de TV CNBC.