A Executiva Estadual do PMDB do Rio de Janeiro revogou nesta segunda-feira a aliança com o DEM para as eleições municipais de outubro na capital fluminense. A aliança havia sido aprovada pelo partido em setembro do ano passado.
Com a nova decisão, o PMDB assume a candidatura própria e tem dois pré-candidatos à Prefeitura do Rio: o ex-secretário Eduardo Paes e o deputado Marcelo Itagiba. O nome do candidato será definido durante a convenção municipal do partido: marcada para o próximo dia 22.
Pelo acordo, o PMDB iria apoiar a candidata do prefeito César Maia (DEM), a vereadora Solange Amaral (DEM) e ficaria com a vaga de vice. A Executiva Estadual também fortaleceu a tese de candidatura própria, pois delegou poder aos diretórios municipais para definirem os candidatos e alianças.
Após a reunião da Executiva, o presidente do PMDB, deputado Jorge Picciani, disse que o fato mais importante é que o PMDB sai unido para a disputa no Rio.
Solidariedade
Na reunião, a Executiva do PMDB também aprovou uma nota de solidariedade à ex-governadora Rosinha Matheus, e ao seu marido, o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB), denunciado na Operação Segurança Pública S/A, que levou à decretação da prisão de dez pessoas semana passada.
A operação Segurança Pública S/A é um desdobramento da Operação Gladiador, de 2006, que investigou a máfia dos bingos e das máquinas caça-níqueis do Rio. No documento, o partido se manifesta contra o que chama de "arbitrariedade" e "violência" na qual Garotinho e Rosinha foram vítimas.
"O PMDB cobra explicações das instituições públicas responsáveis por tal desatino que culminou com a violação da privacidade do ex-governador Anthony Garotinho e da ex-governadora Rosinha Garotinho, sem que fosse apresentada qualquer prova, conforme afirmado pelos próprios acusadores", diz trecho da nota.
Em seu blog, Garotinho agradeceu a solidariedade. Segundo o ex-governador, a nota foi um manifesto contra a "covardia que praticaram contra mim, a Rosinha e a nossa família".