O prefeito Cícero Almeida (PP) reuniu hoje pela manhã representantes de 12 partidos que devem apoiá-lo nas eleições deste ano, quando disputa a reeleição para a prefeitura de Maceió. "A aliança foi feita e a chapa está praticamente formada", afirmou Almeida, confirmando que a vice-prefeita, Lourdinha Lyra, tem 99% de chance de ser mais uma vez sua companheira de chapa. A força do empresário João Lyra, pai de Lourdinha, pesou na indicação da filha, que vinha sendo preterida pelo prefeito.
Embora Lourdinha não fosse o nome que Almeida desejasse para compor sua chapa, a atual vice-prefeita acabou sendo a alternativa possível. O prefeito gostaria de indicar como seu candidato a vice o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Alagoas, Omar Coelho de Mello, mas como reconhece o peso do apoio de João Lyra na sua primeira eleição, deve mesmo aceitar a filha do usineiro como sua candidata a vice.
O deputado federal Augusto Farias, irmão de Paulo César Farias, também foi cotado para ser o vice de Almeida, numa indicação da ala do PTB sob o comando do ex-presidente e atual senador Fernando Collor. Essa alternativa foi descartada porque retiraria da coligação o PR, do deputado federal Maurício Quintela Lessa, que tinha indicado seu principal quadro: o deputado estadual Rui Palmeira, como potencial candidato a vice-prefeito na chapa de Almeida.
Supremacia
Os doze partidos que apóiam a reeleição de Cícero Almeida são: PP, PTB, PRTB, PRB, PTdoB, PV, PR, PMN, PTN, DEM, PSDC e PCdoB. O grupo dos 12 partidos deve ter 10 minutos de televisão, durante a campanha eleitoral. O prefeito avaliou que o tempo é pouco, mas ressaltou que será muito bem utilizado. "A chapa é forte e só tem um partido que não faz parte da base aliada do governo Lula", avaliou Almeida, referindo-se ao DEM, controlado em Alagoas pelo ex-deputado federal José Thomaz Nonô.
Por enquanto, Almeida deverá enfrentar pelo menos três opositores: um nome que será indicado pelo bloco do governo do Estado (PSDB, PSB, PPS e PSC), o deputado estadual Judson Cabral (PT) e o pedetista Marcos Vasconcelos, indicado pelo ex-governador Ronaldo Lessa. Quanto ao PSOL, o partido pode não indicar um candidato para a majoritária, concorrendo apenas na proporcional, tendo como candidata a vereadora a ex-senadora Heloísa Helena. O PSTU e PCB devem se unir e lançar uma candidatura de frente esquerdista, para batalhar o voto de protesto.