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Oposição pedirá inquérito contra quatro ministros por dossiê

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Integrantes de partidos de oposição vão ainda nesta quinta-feira à Procuradoria Geral da República (PRG) pedir a abertura de inquérito policial contra dez ministros e funcionários do Palácio do Planalto suspeitos de envolvimento com a montagem de um suposto dossiê com gastos "exóticos" do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de sua família. Na representação, os oposicionistas pedem a investigação e eventual indiciamento de quatro ministros: da Casa Civil, Dilma Rousseff; da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage; da Justiça, Tarso Genro; e do Planejamento, Paulo Bernardo. A oposição também pede a investigação de cinco funcionários do Palácio do Planalto e da ex-ministra Matilde Ribeiro, que deixou o governo com o escândalo dos cartões corporativos. O pedido de investigação da oposição é de quatro funcionários da Casa Civil: a secretária Executiva, Erenice Guerra, braço-direito da ministra Dilma; o secretário de Administração, Norberto Temóteo Queiroz; a diretora de Recursos Logísticos, Maria de la Soledad Bajo Castrillo; do assessor da diretoria de Orçamento e Finanças Gilton Saback Maltez; e de José Aparecido Nunes Pires, ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil. Na avaliação da oposição, o ministro Jorge Hage "demonstrou ter conhecimento do conteúdo do dossiê" contra FHC quando, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos, em 19 de março, referiu-se a despesas do governo passado. Para a oposição, o ministro Tarso Genro "prevaricou" quando não determinou à Polícia Federal (PF) a instalação imediata de inquérito para apurar a confecção do suposto dossiê contra FHC. A representação é assinada por parlamentares do PSDB, do DEM, do PSOL e do PPS.