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PT acusa Metrô de ter assinado contratos com Alstom sem prazo

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A bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) acusa o Metrô de ter firmado um contrato com a multinacional Alstom sem determinar o prazo para o término e nem o valor da obra. O contrato, segundo informa o partido, foi assinado em 1994 e teve como objetivo a reforma e a ampliação de um centro de controle operacional da companhia. Em documento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo analisado pela bancada do PT, o contrato previa apenas um valor estimado, sem prazo de término definitivo, o que contrariaria a Lei de Licitações. De acordo com os petistas, o contrato teve a duração de 13 anos. O contrato durou até dezembro de 2006 e teria custado ao Estado cerca de R$ 84 milhões. A assinatura do contrato aconteceu durante o governo Mário Covas. O líder do PT na Assembléia, Roberto Felício, informa que vai pedir ao Metrô que realize uma auditoria na execução das obras para verificar se o prazo de 13 anos era realmente necessário para a conclusão das obras. Também pretende apurar quanto o Estado pagou efetivamente pela obra. A bancada ainda tenta emplacar na Assembléia uma CPI para investigar possíveis irregularidades de contratos firmados entre empresas vinculadas ao Estado e a multinacional francesa. O partido informa já ter conseguido 23 das 32 assinaturas necessárias para a instauração da CPI. A análise da documentação dos contratos da Alstom com o Metrô pelo partido deve ser concluída até a próxima segunda-feira. Os líderes do partido dizem acreditar que, caso as suspeitas de irregularidades encontradas em análises prévias dos documentos se confirmem, dificilmente a base aliada conseguirá barrar a CPI. A reportagem já entrou em contato com a assessoria do Metrô, mas ela ainda não se pronunciou sobre a denúncia.