Roma - Um atraso do presidente de governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero foi providencial para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que discursou nesta segunda-feira (2) em Roma, na conferência de Alto Nível da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Depois do discurso, Lula participaria de uma entrevista coletiva à imprensa internacional, mas Zapatero ocupou o horário e o presidente brasileiro decidiu voltar ao Brasil.
O principal tema da entrevista seria os novos números sobre o desmatamento na Amazônia, assunto que o presidente gostaria de evitar no cenário internacional. Segundo a Agência Brasil, o cancelamento da entrevista coletiva foi uma decisão pessoal do presidente brasileiro. Há dois dias, ele havia dito à imprensa brasileira que o desmatamento havia sido reduzido. Mas segundo pesquisa do Inpe, 1.123 quilômetros quadrados da Floresta Amazônica sofreram corte raso ou degradação progressiva durante o último mês de abril.
Com o compromisso cancelado, Lula seguiu para a sede da embaixada brasileira, onde se encontrou com a mulher, Marisa Letícia, dois filhos, uma nora e um neto e seguiu para o Aeroporto Internacional de Roma. Os ministros da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima e do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias viajam com o presidente.
Depois do discurso, Lula recebeu pedidos de audiência de três chefes de estado. Com o vice-presidente de Cuba, José Ramon Machado Ventura, teve o encontro mais demorado - cerca de 30 minutos - e conversou sobre a redução do preço do petróleo. Lula ganhou do cubano uma caixa de charutos Cohiba. O segundo encontro da manhã foi com presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa e por último, o presidente da Croácia, Stipe Mesic.
Leia mais sobre a participação do presidente Lula na conferência de Alto Nível da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) na edição impressa desta quarta-feira do Correio Braziliense