O advogado do consultor Marcos Vieira Mantovani, da empresa Progus, Carlos Kauffmann, voltou a negar nesta sexta-feira que seu cliente tenha utilizado indevidamente o nome do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, para aprovar projetos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Mantovani e Paulinho são investigados na Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, que revelou o suposto esquema de desvio de verba do BNDES. O interrogatório de Mantovani aconteceu na segunda-feira passada, mas Kauffmann decidiu acompanhar hoje os interrogatórios de outros acusados na Segunda Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo. Ele voltou a afirmar que não usou o nome de Paulinho indevidamente. "Quem usou o nome do Paulinho foi o João Pedro", disse o advogado. "Ele usou para valorizar os honorários dele".
Ele disse que foi pelo mesmo motivo que João Pedro passou a utilizar o nome do advogado Ricardo Tosto, ex-conselheiro do BNDES indicado pela Força Sindical. "Pelo que consta no interrogatório, o deputado paulinho não sabia que o nome dele estava sendo usado. Da mesma forma que o Tosto não sabia" Kauffmann também disse que os nomes de Paulinho e Tosto não foram utilizados par aprovar projetos, mas para facilitar a divisão de honorário. "Os nomes nunca foram usados para aprovar projetos [no BNDES]. Os nomes foram utilizados na divisão de honorários licitamente cobrados na elaboração de projetos. Não houve qualquer influência de qualquer pessoa junto ao BNDES", concluiu o advogado.