Os líderes do governo, Henrique Fontana (PT-RS), do PT, Maurício Rands (PE), e do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), principais autores da proposta de introdução do novo imposto do cheque na regulamentação da emenda 29 (que garante 10% da receita da União para a saúde), decidiram não forçar a votação da proposta de criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) nesta semana.
A decisão foi tomada por causa da obstrução promovida pelos partidos de oposição e porque grande parte da base governista ainda não está convencida em relação à proposta. A dificuldade dos líderes governistas foi agravada porque o texto definitivo do projeto, que supostamente preveria isenção de cobrança de impostos para aposentados e pensionistas e trabalhadores que recebem até R$ 3.080, até agora não foi formalmente apresentado aos deputados. Discute-se uma matéria que não está escrita, o que gera desconfianças entre aliados do governo e favorece o discurso dos líderes de oposição.
Para Maurício Rands, a obstrução da oposição, dentro das normas regimentais, iria levar o início da discussão da matéria para depois de meia-noite. ;Vamos votar com tranqüilidade e com mais informações para os parlamentares e para a sociedade na próxima terça-feira;, disse o deputado.
Os governistas pretendem se mobilizar para aprovar a proposta na próxima semana.