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Oposição não pede indiciamento em sub-relatórios da CPI dos Cartões

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A oposição não cumpriu com a palavra e poupou os ministros do governo Lula nos dois sub-relatórios parciais da CPI dos Cartões apresentados nesta quarta-feira. Os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Índio da Costa (DEM-RJ) não pediram qualquer indiciamento nas suas conclusões entregues aos parlamentares. Os dois assumiram a sub-relatoria de Sistematização e Fiscalização e Controle. Em seus relatórios, eles reafirmaram acusações de uso irregular do cartão corporativo dentro do governo. Questionaram despesas elevadas aos finais de semana, compras em free shops, gastos em restaurantes caros e até pagamento feito para serviços de internet a Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os deputados citam ainda despesas exóticas, como numa casa strip-tease na Bahia e em um motel de Brasília, além de débitos com o cartão em choperias e churrascarias. A oposição pede para que o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público apurem essas suspeitas, mas no entanto, não pede o indiciamento de Matilde Ribeiro, ex-ministra da Igualdade Racial, Orlando Silva, ministro dos Esportes, e Altemir Gregolin, ministro da Pesca, os três envolvidos em recentes denúncias de mau uso do cartão corporativo. Os deputados também não responsabilizam ninguém pela criação do dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O polêmico documento tomou conta de boa parte da discussão da CPI. Mas, os deputados evitaram comprometer a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Alegaram que a Polícia Federal já está investigando o caso, mesmo argumento que tem sido usado pela base do governo na comissão de inquérito. Caberá agora ao relator da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ), acolher ou não os sub-relatórios apresentados nesta quarta. Sérgio pretende ler na próxima terça-feira o seu documento conclusivo das investigações em torno do cartão corporativo. Ele já avisou que não vai abordar o dossiê e muito menos comprometer integrantes do governo Lula. A CPI deve votar este relatório no dia 5, encerrando de vez os seus trabalhos.