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CPI dos Cemitérios: Funcionário Público aparece em grampo

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A CPI dos Cemitérios já conhece a identidade do funcionário público que aparece em gravações telefônicas interceptadas pela polícia de Goiás mantendo conversas comprometedoras sobre o processo de licitação das funerárias do Distrito Federal. Marco Antônio Gomes dos Santos é um dos interlocutores dos diálogos grampeados pela Delegacia de Investigações Criminais de Goiás (Deic-GO), quando a corporação apurou o suposto envolvimento criminoso do presidente da Associação de Funerárias do Distrito Federal, Felismino Alves Ferreira, na cremação de uma espanhola morta por acidente de carro. O Correio revelou no último domingo que a CPI da Câmara Legislativa esteve em Goiânia três vezes nas últimas semanas para ter acesso às provas usadas no inquérito 149/2004, sobre denúncia de falsificação de documento no episódio de cremação de uma espanhola morta nos arredores de Brasília. Os deputados distritais se interessaram pela história depois de saberem que alvos da apuração goiana coincidiam com personagens investigados no âmbito da comissão de inquérito parlamentar. O servidor público Marco Antônio não está diretamente ligado ao inquérito de Goiás. Mas as conversas que manteve com as pessoas suspeitas de falsificar documentos nesse processo o posicionaram no centro das investigações da CPI dos Cemitérios. Em 2004, o servidor de carreira do GDF era o presidente da comissão de licitação dos serviços funerários no DF. Nas interceptações da polícia, Marcão ; como é conhecido no meio ; aparece em conversa com Carlos Alberto de Rezende, identificado no inquérito como advogado da funerária de Felismino Alves Ferreira. Nos diálogos, fica evidente que Carlos de Rezende presta assessoria jurídica a outras empresas do ramo. E segundo interpretam os técnicos da CPI, o apoio conta com a ajuda do servidor Marcos Antônio. A comissão trabalha com a hipótese de que um grupo de empresários trabalhava no sentido de evitar a entrada de mais funerárias no mercado de Brasília e, por isso, o interesse em impedir a concorrência pública e até torná-la inviável aos pequenos empresários. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense