O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, afirmou nesta quarta-feira (21/05) que o governo não vai participar do debate sobre recriação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Ele destacou que o Congresso está criando uma despesa significativa com a regulamentação da emenda 29 e precisa encontrar uma fonte para financiar esse novo gasto, que, segundo ele, pode chegar a R$ 23 bilhões no último ano. "Esse negócio de CPMF não queremos discutir mais. Nós não vamos discutir isso", disse Múcio, que destacou ainda que o processo de negociação da CPMF no Congresso no ano passado, que culminou no fim do tributo, foi "pedagógico".
Múcio observou que nenhum setor econômico reduziu os preços de seus produtos no mesmo nível da alíquota da extinta CPMF - 0,38%. "O dinheiro da Saúde ficou com alguém. A Saúde deixou de ter recursos e agora precisa de uma fonte de recursos", disse o ministro. Ele informou também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), também disse que o governo não iria participar desta discussão, mas destacou que a aprovação da emenda 29 pelo Congresso faz com que os parlamentares tenham que encontrar um solução para financiá-la.