A defesa do ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes, entrou nesta segunda-feira com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Carlos Ayres Britto de negar habeas corpus preventivo ao principal suspeito pelo vazamento de informações com gastos com as contas tipo b do governo Fernando Henrique Cardoso.
O recurso é a última tentativa da defesa de possibilitar que Aparecido possa permanecer calado durante o depoimento à comissão parlamentar de inquérito dos cartões corporativos, amanhã, no Congresso. O STF, no entanto, não tem data para julgar a ação. Isso quer dizer que José Aparecido pode mesmo ter de responder a todas as perguntas dos parlamentares, sob pena de deixar o Congresso preso.
Aparecido foi indiciado na semana passada pela Polícia Federal por quebra de sigilo funcional, por ter repassado a planilha com informações sigilosas do ex-presidente Fernando Henrique para o assessor do Senado Federal, André Fernandes, funcionário do gabinete do senador Álvaro Dias (PSDB-PR).