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Ministro do Planejamento diz não ver dificuldade em único IVA nacional

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O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse nesta sexta-feira, em Curitiba, que "não vê problema algum" em adotar a proposta de um único imposto sobre valor agregado (IVA) nacional conforme prevê emenda substitutiva do relator da Subcomissão de Reforma Tributária do Senado, Francisco Dornelles (PP-RJ). "Nós tínhamos a idéia de fazer um único IVA para o governo federal e estadual", afirmou. "Acabamos propondo dois IVAs por resistência dos Estados, mas, caso haja um avanço e um entendimento de que é possível fazer um único, não vejo problema algum." Bernardo também comentou a informação de que líderes governistas tentariam a criação de uma espécie de nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para a saúde, com o aumento de impostos sobre bebidas e cigarros, a fim de aprovar a Emenda 29, que destina recursos à área, na Câmara dos Deputados. "De nossa parte, a CPMF está extinta, o governo não vai fazer nenhuma proposta de recriação, mas também não temos condições de atender o que está sendo proposto no projeto de lei que foi aprovado no Senado para aumentar recursos para a saúde", disse. Segundo ele, se for para criar despesas, é preciso cortar gastos ou apontar fontes de recursos. Bernardo considerou "bastante meritória" a proposta de aumentar tributos de bebida alcoólica e do fumo para investir em saúde. "O problema é que, na reforma tributária, estamos acabando com esse tipo de cobrança", disse. "Não adianta criar num mês e extinguir no outro, pois o problema não vai ficar solucionado." Conforme o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, há necessidade de se fazer um esforço para encontrar uma saída "porque, de fato, a saúde precisa de mais recursos, assim como melhorar a gestão na área".