A pré-candidatura da vereadora Soninha Francine (PPS-SP) à Prefeitura de São Paulo segue "firme e inabalável", segundo ela. A vereadora confirmou, nesta sexta-feira, que o partido foi assediado pelo DEM, mas garante que a decisão pela candidatura própria é definitiva, e a oficialização depende apenas das datas determinadas da Justiça Eleitoral.
"Por enquanto, não há candidatura porque o calendário não permite. Estamos apenas aguardando a convenção municipal", diz a vereadora. Segundo ela, o partido deve se reunir no dia 14 de junho para sacramentar a decisão.
Soninha afirmou que já dá as negociações com o DEM por encerradas, e que acredita que o partido do prefeito Gilberto Kassab também encara as conversas da mesma maneira. "Ontem nos encontramos e ele [Kassab] me desejou boa sorte. Eu entendi que é para a eleição", contou Soninha.
A vereadora afirmou que a única possibilidade de o PPS formar alianças nesta eleição é se outras legendas decidirem apoiá-la como cabeça de chapa. Mas Soninha admite que esta possibilidade é remota, já que os partidos com quem o PPS tem melhor diálogo não estão disponíveis nesta eleição: o PV já formalizou apoio a Kassab, e o PSB e o PC do B, integrantes do chamado bloquinho, estão decidindo se terão candidatura própria ou apoiarão outro candidato, como Marta Suplicy (PT) ou Geraldo Alckmin (PSDB). "O PSB é um partido da nossa simpatia. Eu queria muito a Erundina [Luiza Erundina, deputada federal, PSB-SP] com a gente. Se eu for eleita ela vai ter uma secretaria", disse Soninha.
A vereadora admite que suas chances de vencer a eleição são remotas, mas vê sua pré-candidatura como uma opção para os eleitores. "À medida em que os partidos fecham alianças, há menos candidatos e o eleitor fica com menos opções. Eu sou uma alternativa para quem não quiser votar em alguém que já conhece", disse ela, em referência às experiências administrativas de seus concorrentes - Kassab e Marta na prefeitura, e Alckmin no governo do Estado.