A Justiça Federal decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal do lobista João Pedro de Moura, amigo e ex-assessor do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, e de duas organizações não-governamentais (ONGs) que teriam sido beneficiadas com R$ 119,5 mil repassados por integrantes do grupo acusado de desvio de recursos do BNDES
Uma das ONGs é a Meu Guri, presidida por Elza Pereira, mulher de Paulinho. A outra é a Luta e Solidariedade que, segundo a Polícia Federal, é presidida por Eleno Bezerra, vice-presidente da Força Sindical e braço direito de Paulinho. A Meu Guri recebeu R$ 37,5 mil de Moura, de acordo com registro bancário de 1º de abril. A Luta e Solidariedade captou R$ 82 mil, depositados por Marcos Mantovani, consultor do esquema BNDES que a Operação Santa Tereza desmascarou
A PF está convencida de que as duas ONGs foram usadas pelo esquema BNDES para fazer o fluxo do dinheiro tomado a título de financiamento. A quebra de sigilo foi ordenada pelo juiz Marcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A pesquisa compreende os últimos cinco anos e atinge também Mantovani e sua empresa, a Progus Consultoria e Assessoria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo