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Politica

Alckmin diz que não vai pedir apoio ao DEM

Ex-governador compara disputa interna do PSDB com duelo do partido democrata norte-americano

O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, ex-governador Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira que não vai pedir o apoio do DEM a sua candidatura, mas que a busca por alianças começa a partir de agora. Ele também comparou a disputa interna no PSDB à guerra travada no partido democrata americano pela indicação do candidato para disputar a Presidência dos Estados Unidos. "Não vou criar constrangimentos a outros partidos", afirmou Alckmin quando perguntado se iria pedir apoio ao DEM a sua candidatura já no primeiro turno. Mesmo sem o aliado histórico, ele disse que a busca por alianças acontece a partir de agora. Sua pré-candidatura foi anunciada ontem pelo Diretório Municipal do PSDB. "As alianças começam a ser discutidas agora em torno de um projeto de quatro anos para São Paulo". Sobre as possíveis parcerias, ele disse que só tem uma exigência: "quem não tiver candidato próprio no primeiro turno", descartando, mais uma vez, a aliança com o DEM. Sobre o prefeito Gilberto Kassab (DEM), ele disse que espera seu apoio no segundo turno. "Existe a possibilidade no segundo turno", afirmou. Ele disse que não se sente abandonado pelo partido e que o governador do Estado, José Serra (PSDB), estará com ele durante a campanha. Alckmin também comparou o racha no PSDB à disputa entre Barack Obama e Hillary Clinton pela vaga de candidato à Presidência pelo Partido Democrata americano, afirmando que as divergências são fruto da democracia. "A democracia é assim, alegre, não é como a ditadura, que é um pântano silencioso". Alckmin fez as declarações durante a inauguração do Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, o maior centro para tratamento de Câncer da América Latina.