A Justiça Federal em São Paulo acatou a denúncia do Ministério Público Federal contra 13 investigados na Operação Santa Tereza, da Polícia Federal (PF), que desbaratou um esquema de desvio de recursos de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimentos Econômico e Social (BNDES).
Os acusados responderão a processos pelos crimes de lavagem de dinheiro, desvio de recursos de financiamentos e formação de quadrilha, além de tráfico interno e internacional de mulheres. Isso porque, segundo à Justiça, alguns suspeitos também estavam ligados a uma casa de prostituição fechada durante a operação.
A decisão de aceitar a denúncia foi do juiz substituto Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada no julgamento de processo sobre crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Catapani determinou também a prisão preventiva de três dos 13 réus: José Carlos Guerreiro, Marcos Vieira Mantovani e João Pedro de Moura. Foi negado pelo juiz, no entanto, o pedido de prisão preventiva do advogado Ricardo Tosto, conselheiro do BNDES, preso pela PF e libertado no último dia 26 de abril.
Um quarto suspeito, Manuel Fernandes Bastos Filho, já havia tido sua prisão preventiva decretada anteriormente, pois não foi localizado nas diligências operação. Ele permanece foragido.
Segundo comunicado da Justiça Federal, cópias do processo também serão enviadas ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região e ao Supremo Tribunal Federal (STF), pois há suspeita de envolvimento no caso de duas autoridades que têm direito a foro privilegiado: o prefeito de Praia Grande (SP), Alberto Mourão (PSDB), e do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical.