O dono da construtora Gautama, o empresário Zuleido Veras, compareceu nesta terça-feira à sede da Polícia Federal (PF), em Água de Meninos, na Cidade Baixa, em Salvador. Dois funcionários da Gautama também foram convocados. Zuleido é acusado de fazer parte de um esquema de fraudes em licitações públicas em vários estados brasileiros.
O empresário chegou à sede da PF pouco antes das 9h30m. Os três deputados do Distrito Federal que foram ouvir o depoimento de Zuleido chegaram minutos depois ao local. Eles fazem parte da CPI da Câmara Legislativa Distrital que apura o desvio de R$ 3,5 milhões pagos à Gautama para execução das obras da Barragem do Rio Preto, em Planaltina. Segundo os deputados, até agora a obra não saiu do papel.
;Já que nós temos a maioria dos dados, agora é ver a versão dos fatos para o desvio de recursos;, afirma o presidente da CPI, deputado Renato Andrade (PR-DF).
O esquema foi descoberto durante a Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2007. A PF prendeu e indiciou empresários, políticos e funcionários públicos por desvio de dinheiro público. Os primeiros a serem ouvidos foram os funcionários da construtora Gautama, Gil Jacó e Florêncio Melo.
O empresário Zuleido Veras saiu no fim da manhã da Polícia Federal. Ele usou o direito constitucional de ficar calado e não respondeu às perguntas dos deputados nem dos delegados. Dos dois funcionários da Fautama que compareceram, apenas um, Florêncio Melo, respondeu a uma pergunta. Ele confirmou apenas que esteve em Brasília algumas vezes.