Todo pai deseja que seus filhos cresçam e se tornem pessoas de sucesso, com várias especializações acadêmicas, bons empregos, cargos de chefia, estabilidade financeira, contato com pessoas importantes e uma boa qualidade de vida. Mas também é preciso dar espaço para que eles desenvolvam sua individualidade, descubram do que gostam e tenham autonomia para ser quem eles quiserem ser. O Colégio Ideal surgiu com a missão de mostrar para as crianças que é possível sim ser aprovado nas melhores universidades com ensino de qualidade e diferenciado, enquanto podem viver a realidade que desejam. ;A gente conseguiu abraçar esses alunos, para que eles realmente pudessem entender que tudo é possível, que eles conseguem atingir aquilo que eles desejam por meio do estudo e que esse estudo não precisa ser tão massacrante assim, não precisa abrir mão de muita coisa, basta se organizar;, diz o coordenador Carlos Henrique Martinez. Desde o ensino fundamental, os alunos são motivados a trabalhar suas individualidades, a explorar atividades diferentes e a serem idealizadores de projetos.
Ambiente acolhedor
;Quando entrei na quinta série, no primeiro dia de aula eu já reparei que ia ser muito diferente da minha outra escola. Aqui as pessoas têm uma necessidade de se expressar, se soltam sem medo, é uma família;, conta Kiango Simms, recém-formado no ensino médio do Ideal. Ele sempre se interessou por música e no ensino médio começou a tocar violão, montou uma banda com os amigos e se apresentou na frente de toda a escola. Um ano depois ele foi vencedor do prêmio Festival Ideal de Música e no seu último ano de escola, foi responsável, junto com uma amiga, pela produção e realização da Mostra Estudantil Ideal de Artes, em que os estudantes foram todos convidados a participar com desenhos, fotografias, apresentações musicais, poemas e outras artes. Os alunos conciliavam essas atividades com as exigências da escola com a preparação para os exames de vestibular ;muitas vezes pensamos em desistir, mas a gente se motivava a ir em frente, que ia valer a pena no final. E valeu;, revela o ex-aluno, para quem essa liberdade de expressão que a escola proporciona é fruto da proximidade e amizade com o corpo docente ;eles não se privam de ser quem são para serem professores; e essa autenticidade é ;um incentivo para os alunos;, completa.
;Tem professor que te acolhe tão bem, que você se sente em casa. É muito importante saber que ele está ali por você;, afirma Amanda Spinola, ex-aluna do Ideal e estudante de Engenharia Química na UnB, ;eu tive professores maravilhosos, eles têm um jeito diferente de ensinar, e mesmo com provas toda semana, o clima não fica pesado e a gente fica mais seguro na hora do vestibular de verdade;, acrescenta. ;Nós saímos dos gabinetes e deixamos a porta sempre aberta, estendemos a mão para o que tiver precisando, nós criamos essa relação e temos esse cuidado, esse olhar de entender qual é o abraço que cada um precisa;, aponta Carlos Henrique. Ao menos uma vez a cada semestre, um grupo de alunos vai até a direção com uma proposta para ser implementada na escola, ;a cabeça das crianças ferve de ideias, e a gente sempre promove, oferece material, camisetas, contrata estrutura, produz a campanha de marketing, faz montagem de palco, chama especialista, fazemos tudo que está ao nosso alcance para fazer dar certo, mas eles que tocam para frente e organizam tudo;, completa o coordenador.
Desempenho e resultados
Os alunos realizam simulados do Enem todos os sábados, e na terça-feira sai um relatório individual de desempenho para cada um deles, que é utilizado pela coordenação para identificar aqueles que precisam de ajuda para estudar. ;Nós vamos identificando tempo de estudo, local, tempo que eles conseguem ficar concentrados e montamos um mapa de como é melhor eles estudarem;, explica Carlos Henrique, ;tem uns que basta fazer resumo, outros que funcionam mais lendo em voz alta, outros que precisam escrever na parede, e nós descobrimos isso juntos;, completa.
Mas ingressar em uma faculdade não é a única preocupação da escola, Luigy Siqueira, por exemplo, aprendeu a jogar xadrez com 6 anos de idade e, desde então, essa se tornou a sua atividade favorita. Em sua escola anterior ele chegou a participar de alguns campeonatos internos e outros em Brasília, mas logo no primeiro ano de Ideal, já começou a se destacar no cenário nacional e internacional: ganhou o brasiliense, o brasileiro e o americano, além de ficar em segundo lugar no sul-americano. Em 2018, mudou de categoria no brasileiro e ficou em terceiro lugar, foi campeão invicto do sul-americano escolar e se classificou no pan-americano do Chile.
;O professor é muito bom, muito atencioso e divertido, o Luigy ama tanto que participa dos três horários de aula: iniciante, médio e avançado. E quando ele começou a se destacar, o mestre nacional deu aulas para ele por Skype, e chegou a vir duas vezes em Brasília para treiná-lo para os campeonatos internacionais;, conta a mãe, Neide, ;a escola nos acolheu muito bem, aqui eles estão sempre dispostos a ouvir, nos atendem imediatamente, e toda vez que eu precisei de apoio para os campeonatos, o Ideal me ajudou;, revela. E o resultado de tanta dedicação foi o interesse crescente do aluno. ;Acho que nunca faltei nenhuma aula, nem quando estava doente. E nas horas vagas eu também estudo xadrez, é o que mais gosto de fazer;, afirma Luigy.
Inteligência emocional
Em 2019, o Colégio Ideal será um dos primeiros do Distrito Federal a implementar o Laboratório de Inteligência de Vida (LIV), para desenvolver habilidades socioemocionais em alunos de ensino fundamental, através de jogos, músicas, livros e dinâmicas. Os objetivos são evitar a prática de bullying, encorajar o convívio com as diferenças, melhorar o desempenho acadêmico, estimular escolhas responsáveis e saudáveis, promover o trabalho em equipe, e reduzir os casos de ansiedade e depressão. A disciplina fará parte da grade curricular dos alunos e será ministrada uma vez por semana.
Para o Colégio Ideal educar é uma missão valiosa, que vai além de preparar seus alunos para ingressarem em boas universidades. Educar é também contribuir para a formação de seres humanos conscientes, respeitosos, melhores cidadãos e mais preparados para enfrentarem desafios pessoais e profissionais.