No brejo
Votei no Bolsonaro porque não votaria no PT, e achei que, mesmo sendo um deputado com pouca ou nenhuma expressão, se cercaria de um grupo de bons em cada área, daria autonomia sem muita ingerência e o país teria um avanço notável, pois só não roubar e não deixar roubar seriam uma expectativa muito boa. Não deixou roubar, mas começou a mexer as pedras do tabuleiro para proteger os seus “santinhos e amigos” com atitudes incompatíveis de quem teve como bandeira no palanque lutar contra a corrupção e o crime organizado. Seus arroubos e ingerências custaram-lhe a perda de grandes ministros, aí vi que a vaca estava a poucos metros do brejo. Presidente ainda dá tempo de melhorar sua performance, esqueça a reeleição, tente focar por inteiro na pandemia e no pós-pandemia. Pare de fazer seu procurador-geral, AGU e ministro da Justiça tomarem posições esdrúxulas e completamente alheias às suas atribuições. Finalizando, coloque a máscara, fique em casa, de preferência de boca fechada, quietinho como nos últimos 20 dias.
» Valter Eleutério da Silva, Taguatinga
Procuradores
Embora eu tenha pouco conhecimento sobre os imbricados caminhos trilhados pelos operadores da Justiça, principalmente dos procuradores e promotores do Ministério Público, vejo que a disposição do atual governo, representado pelo procurador-geral, Augusto Aras, de dissolver o órgão é uma pequena parte da estratégia do governo para blindar os filhos e amigos do presidente. Todos terão, em algum momento, um encontro com o Judiciário, sem contar com o próprio presidente, que tem uma série de processos a responder e que foram suspensos, devido à sua eleição para o comando da nação. Aras, assim como o ministro da Justiça, que endeusou o presidente no ato de posse, são, apenas, paus mandados dos bolsominions. Nada além. Eles, assim como o presidente e o novo coronavírus, vão passar. Não temos ideia de quem chegará ao Planalto em 2022 — espero, com fé em Deus, que a sociedade não reconduza a atual turma —, mas, por pior que seja o eleito, nada vai se comparar ao desgoverno pelo qual passa o nosso país.
» Heloísa Vieira, Sudoeste
Extremos
Hoje, fala-se que o procurador-geral da República, Augusto Aras, persona non grata entre a maioria dos procuradores do Ministério Público, pretende acabar com a Lava-Jato, ou com o lavajatismo, como ele se referiu à força-tarefa de Curitiba. Imagino que se ele agir para derreter todas as ações do meninos curitibanos, lançando dúvidas irreparáveis sobre o trabalho deles, acabará provocando a absolvição dos envolvidos em grande e inimagináveis falcatruas, desde mensalão até o escândalo da Petrobras. Apesar de o PT ser um dos maiores adversários dos bolsonaristas, os atuais fiéis escudeiros, Aras e o ministro da Justiça, André Mendonça, vão de encontro aos anseios petistas, que viram os lavajatistas furarem a sua bolha de poder. Não fossem os meninos de Curitiba, Lula jamais teria parado na cadeia nem os grandes empreiteiros, que construíram impérios com a corrupção. Como os extremos se encontram, vejo, aí, uma aliança entre petistas e bolsonaristas.
» Ismael Costa, Jardim Botânico
Transporte
Não há quem, em sã consciência, possa concordar com a cobrança de estacionamento em frente a prédios residenciais, como pretende o governador Ibaneis. A solução para a mobilidade passa por uma reforma profunda e adequada ao urbanismo do Distrito Federal, com transporte público de qualidade. O brasiliense não foi habituado a percorrer a pé grandes distâncias. Não temos transporte público que cumpra esse papel. Pelo contrário, as empresas de ônibus são péssimas no DF. Há locais próximos ao centro de Brasília não atendidos pelo transporte público. Como chegar nesses locais a não ser com carro? Eu gostaria imensamente de sair do Park Way e ir de ônibus para o meu emprego, deixando meu carro na garagem para usá-lo no fim de semana. Isso é impossível, pois, por aqui, trafegam quatro ônibus por dia. No fim de semana, eles desaparecem. Cabe ao goverrno, que cobra altos impostos, resolver a questão. Não repassar o problema para o bolso do cidadão. Assim, fica muito fácil.
» Mário Henrique Duarte, Park Way
Violência
Os bolsominions são seres desprezíveis. O que fizeram com o influenciador digital Felipe Neto, que diverge do governo, é absurdo demais. Ultrapassou todos os limites. O linguajar baixo, próprio de pessoas desqualificadas, que recorrem à violência, pois lhes faltam argumentos para dialogar ou debater quaisquer temas. Esse bárbaros têm que ser punidos com todo o rigor da lei. Da mesma forma, não devem ser poupados os que apelam para a veiculação de inverdades, as chamada fake news, com o intuito de depreciar, caluniar e desonrar autoridades e qualquer outra pessoa. Esse bolsominions não têm outra linguagem que não seja a pregação do ódio. Todos deveriam ser confinados em lugar distante, numa caverna com grades. Não têm competência para conviver em sociedade, que tem como característica pluralidade e diversidade. O que fizeram com o Felipe Neto é repugnante.
» Luana Borba da Silva, Lago Norte