Opinião

Sr. Redator

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Futuro

Previsões sobre o que vai acontecer amanhã sempre ficam melhores quando são feitas depois de amanhã. O que temos na vida real é o hoje, só isso, e o grande problema é chegar a uma conclusão coerente sobre o que está realmente acontecendo hoje. Há uma sugestão honesta para resolver isso, infelizmente, ela dá trabalho, exige esforço mental e não pode ser encontrada no Google. Como não há o mais remoto acordo sobre o dia de hoje, as coisas estão melhores que ontem, ou nunca estiveram tão horríveis? A única ferramenta disponível para ter alguma ideia decente das coisas é pensar. E pensar, como se sabe, é uma das atividades humanas mais odiadas neste país, sobretudo por aqueles que imaginam saber o que estão falando. No caso, pensar significa olhar com um pouco mais de atenção para onde o Brasil está indo. No fundo, é isso o que importa. O país vai estar melhor no pós-pandemia? Depende das decisões que estão sendo tomadas agora. Em tempo: reconhecer que há 19 meses não se rouba por atacado no governo federal, coisa que jamais ocorreu, na memória de qualquer brasileiro vivo. Por outro lado, nos governos estaduais, infelizmente, a locupletação do erário correu solta, por meio da pandemia.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras

Câmara Legislativa

Deputado distrital da Rede acusa o governo federal de não ter repassado aos estados a totalidade da verba destinada ao combate da covid-19. Esqueceu-se de que o Supemo Tribunal Federal (STF) ordenou que os recursos fossem administrados não mais pelo governo federal, mas pelos estados e municípios, o que resultou numa avalanche de bandalheiras em várias unidades da Federação. Que desinformação absurda desse parlamentar! Eu me pergunto, diante de fatos como esse, para que foi criada a Câmara Legislativa do DF (CLDF) senão para ser a mais gastadeira e incompetente de todos os legislativos brasileiros. Sempre fui contra a sua criação em uma capital federal sem que houvesse a menor necessidade real. Políticos decidiram por essa aberração, que mereceria, no mínimo, a convocação de um plebiscito para que a população fosse ouvida. Mas nunca é tarde. Por que não agora?
» Leda Watson,
Lago Sul


Vidas importam

O valor da vida foi colocado em xeque pelo Club Rio Branco, no Acre. Ao anunciar a contratação do goleiro Bruno Fernandes, o clube reforça a máxima de que o crime compensa e que a vida não tem valor. Bruno cumpre prisão no regime semiaberto pelo assassinato de Eliza Samúdio, em 2010. Apesar de a polícia ainda não ter comprovado a versão, as denúncias dão conta de que ele mandou esquartejar a mãe do próprio filho e dar o corpo aos cachorros. Bruno foi condenado a 20 anos e nove meses pelo homicídio triplamente qualificado e pelo sequestro e cárcere privado do filho que ele se negou a reconhecer. O Acre, segundo as pesquisas, é um dos estados mais violentos para as mulheres, com taxa de homicídios dolosos de sete mortes a cada 100 mil mulheres e de 2,5 feminicídios a cada 100 mil mulheres. Com esses números, qual o recado do Club Rio Branco? Que respeito tem pelas mulheres? O Brasil é o país do futebol e os jogadores são capazes de arrastar multidões aos estádios. É essa a referência que o clube quer para sua torcida infantil, para seus jovens? Um assassino cruel, que mandou matar a ex-namorada para não reconhecer o filho? Precisamos levantar a voz e mostrar indignação. Bruno tem sangue nas mãos. Outros clubes voltaram atrás depois da repercussão negativa da tentativa de contratação do goleiro. Espero que o Club Rio Branco faça o mesmo e mostre que a vida importa.
» Perpétua Almeida,
Deputada federal
 
 
Educação

O artigo O país precisa do Fundeb leva um título enganoso. Longe de provar alguma coisa sobre o Fundeb, o texto tem o objetivo claro e exclusivo de agredir o atual governo federal. Isso está coerente com a tendência ideológica da autora, que ela demonstra ao citar o fantasma do comunismo, termo preferido dos inocentes úteis. Eu apreciei a senadora, quando jogava volei. Francamente, Leila Barros era muito melhor jogando, naquela época, do que hoje escrevendo artigos.
» Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul
 
 
Transporte público

Finalmente, o governo do Distrito Federal e o Ministério Público foram para cima das concessionárias de tranporte público do DF, devido à falta de higiene nos ônibus, o que não é nenhuma novidade para quem é usuário. Os empresários têm lucros estratosféricos com a concessão, mas insistem em manter um serviço de péssima qualidade aos passageiros, principalmente daqueles que vivem na franja do Plano Piloto. O transporte coletivo no DF é caro e de péssima qualidade. As empresas buscam os nichos mais lucrativos, deixam parte da população sem transporte e não fazem uma manutenção adequada dos veículos. Essa prática tornou-se uma marca do transporte coletivo da capital federal. Neste período de pandemia, os trabalhadores essenciais são submetidos a essa situação deplorável que é a falta de higienização dos veículos. O que importa mesmo para os empresários do setor é garantir o lucro.
» Maria Eduarda Rocha,
Asa Sul