As constantes aglomerações, principalmente, nos fins de semana no Distrito Federal, demonstram que ainda tem muita gente com dificuldade para exercer a coletividade de forma remota e virtual. Esse não é o meu caso. Sempre gostei de sair, mas, em respeito à pandemia, permaneço em quarentena, sem sofrimento. E isso acontece graças às várias possibilidades do mundo digital.
Na semana passada, consegui realizar, mesmo que de forma on-line, um sonho: assistir aos painéis da San Diego Comic-Con, maior convenção geek do mundo. É claro que o meu desejo sempre foi o de estar fisicamente em San Diego, nos Estados Unidos, esbarrando com os cosplayers, a poucos metros dos meus artistas favoritos. Mas admito que ter a possibilidade de ver, ainda que remotamente, os conteúdos exclusivos me deixou animada.
Também foi o mundo virtual que me colocou novamente em contato com o Festival Latinidades, evento brasiliense que, no ano passado, acabou migrando para São Paulo por falta de patrocínio para realização na capital. Na 13ª edição, o festival tornou-se digital, o que me possibilitou um contato depois de um ano de hiato entre nós.
Ainda é a modernidade que também me deixa extremamente próxima de duas amigas com as quais sempre fui unha e carne, mas que, quando uma delas se mudou para os Estados Unidos, a distância se fez presente e, naquela época, pasmem, não pensamos na solução de agora: encontros mensais por zoom. Momentos em que perdemos a noção do tempo conversando sobre tudo, de fofoca à política.
A tecnologia possibilita a aproximação que hoje nos é impedida. Precisamos aguentar firmes mais um pouco. Por nós e pelos outros. Pode até parecer, mas a pandemia não acabou no Brasil. Fique em casa, e aproveite as virtudes da digitalização, que nos levam a lugares sonhados e nos reconectam com as coisas e as pessoas que amamos.