Finalmente por meio do Facebook vem à lume, o que os muitos já sabiam sobre uma máquina de calunias aos adversários e de falsas realizações do governo Bolsonaro, funcionando no 3º andar do Palácio, no melhor estilo dos caudilhos da América Latina.
Ocorre-me antes, saber o que esse governo fez na saúde, na educação, na economia, a não ser a inauguração praticamente pronta da transposição do Rio S. Francisco. Temer fez de um tudo para inaugurá-la. Os conflitos políticos são tantos que até nos esquecemos do econômico e do social e do desmazelo em que estão. Basta ver o Ibama e os incêndios propositais na Amazônia. Esse governo não faz nada e, quando faz é desastre certo. A operacionalização do auxílio emergencial, por exemplo, caiu no bolso de quem não devia. Só de militares foram sete mil beneficiados. Erro no manejo da administração.
O estilo é petista: distribuir, sem critério, dinheiro ao povão. Isso Emiliano Zapata já fazia no México há 200 anos.
Somos um país de governanças medíocres. Saudade de Getúlio que inaugurou a siderurgia, manteve as estradas de terra, e incentivou a navegação de cabotagem, a CLT e o sindicalismo, além do inalcançável Juscelino. O Bolsonarismo não passa de uma UDN “moralista” de quinta categoria, pelo menos até agora!
O Facebook anunciou que derrubou uma rede de fake news e perfis falsos ligados a integrantes do gabinete do Presidente Jair Bolsonaro, a seus filhos, ao PSL e a aliados. Foram identificados e removidos 35 contas, 14 páginas e 1 grupo no Facebook e 38 contas no Instagram. O material investigado pela plataforma identificou pelo menos cinco funcionários e ex-auxiliares que disseminavam ataques adversários políticos de Bolsonaro. Nessa lista está Tercio Arnaud Thomaz, que é assessor do presidente, e integra o chamado “gabinete do ódio”, núcleo instalado no terceiro andar do Palácio do Planalto.
A existência do “gabinete do ódio” – que mantém um estilo beligerante nas redes sociais é comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) – foi revelada pelo Estadão em setembro do ano passado.
Um dos funcionários envolvidos nessa rede identificada pelo Facebook trabalhava para Carlos Bolsonaro, filho do presidente. Outro funcionário identificado, é contratado do deputado estadual pelo PSL de São Paulo, Coronel Nishikawa.
A rede de fake news derrubada pelo Facebook também inclui os deputados estaduais Anderson Moraes e Alana Passos, ambos do PSL do Rio de Janeiro. Em maio o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes apontou indícios de que um grupo de empresários atuava de maneira velada financiando a disseminação de fake news e conteúdo de ódio contra integrantes da Corte e outras instituições. O ministro também definiu como “associação criminosa” o grupo do “gabinete do ódio”. E tem inteira razão. É uma gente totalitária.
O crime continuado, segundo o Facebook, persiste. Identificou dois assessores do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). São eles Paulo Eduardo Lopes (conhecido como Paulo chuchu) e Eduardo Guimarães. Do gabinete de Eduardo na Câmara. Já Oliveira foi exonerado no dia 26 de junho e agora está registrado como assessor do gabinete do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), o relatório cita a página “Bolsofeios” como sendo de Guimarães. A ligação já havia sido apontada pela CPI das Fake News, que identificou atualizações do perfil a partir de um celular da assessoria de Eduardo.
Os mafiosos estão no poder. Inaugurada está no Brasil a democracia cibernética, o moralismo de fachada e a ausência absoluta de planejamento governamental, na era das comunicações. E a classe média mais boba do mundo e o desinformado povo do Brasil, todos com os celulares à mão, são as pobres vítimas de uma gente que só quer mesmo as benesses do Governo. Vivem às nossas custas e querem continuar. Será castigo divino ou está certa a anexim de que cada povo merece o governo que tem?
Isso de castigo divino não existe. Uma nação que se notabilizou por ser a última no planeta a abolir a escravidão e pratica veladamente um racismo odioso contra 52% de sua população, segundo a revista Veja, é responsável por si só pelas seguidas trapalhadas econômicas, sociais e políticas porque vem passando em sua existência de país terceiro mundista.
Aqui falta tudo: o atraso econômico, o preparo político, essenciais ao desenvolvimento do povo e do país.
O ditado está certo: cada povo merece o governo que tem. Uns até gostam. Não viveram ao tempo de Juscelino, Tancredo Neves, Antônio Carlos Magalhães, Carlos Lacerda e outros tantos.
Estamos no tempo da mediocridade dos Lulas, Dilmas e Bolsonaros, uma maré de azar político.
Urge a formação de uma frente democrática de centro, ante os descalabros da esquerda e da direita que assolaram e ainda assolam o país.