Cloroquina
Fiquei sabendo, por uma carta de leitor, publicada em 15/7, que a hidroxicloroquina é medicamento de extrema direita e sem eficiência contra o coronavírus, segundo a ciência. Isso não tem base na realidade. Nos estudos de Marselha e de Detroit, a droga mostrou-se decisiva na cura e na diminuição de mortes. A observação mais eloquente, feita na Suíça, mostra aumento da letalidade de 2,39% para 11,52% durante as duas semanas em que o remédio esteve suspenso naquele país em consequência do fraudulento trabalho publicado na revista The Lancet. Após o cancelamento do artigo, o medicamento voltou a ser ministrado aos pacientes e, coincidentemente, a letalidade voltou para o nível anterior (3%). É uma evidência absoluta. O rótulo de medicamento de extrema direita está em contradição com o protocolo de atuação nacional para a covid-19, versão 1.4, de maio de 2020, do Ministério da Saúde Pública de Cuba, que relaciona a cloroquina (não a hidroxi) para o tratamento de casos de fases 1 e 2A, nas páginas 22 e 25. Portanto, a ciência confirma a eficiência da droga, e ela é usada, também, pela extrema esquerda.
» Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul
Correio
Em nome da diretoria do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), parabenizo a equipe do Correio pela excelência e pela seriedade na cobertura da pandemia na capital do país, no Brasil e em outros países. O jornal mostra, a cada dia, inovação, respeito ao leitor, boas fotos, textos claros e objetivos e a constante preocupação em sempre informar corretamente.
» Edson de Castro,
presidente do Sindivarejista
Aliança
Era uma vez um menino raquítico, que sonhava ser político famoso. Tinha planos de correr o Brasil e o mundo, levando esperanças aos brasileiros. O menino sonhador cresceu marrento. Gênio difícil. Via inimigos em todo canto. Antigos aliados em debandada. Levado pelo surrealismo, nosso intrépido patriota decidiu tornar-se partido político. Achava que, assim, seria mais respeitado. O tempo passou e o futuro partido não saiu do lugar. Uma brigalhada infernal, até que a Justiça eleitoral cansou de esperar por resultados. Teve o desprazer de comunicar ao chefe da nação que o partido não saiu do papel. O Aliança morreu de inanição. Foi enterrado com honras nacionais, com trombetas e velas. No túmulo dos políticos açodados que acabam ficando sem o mel e a cabaça. Qualquer semelhança com o presidente do Brasil é forte coincidência.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Bolsonaro
Boa solução para o segundo semestre na interação com os jornalistas, aproveitando o seu diagnóstico positivo da covid-19, seria de bom grado o presidente Bolsonaro não mais comparecer às performances para a imprensa nas suas saídas e chegadas em frente ao Palácio da Alvorada. Tal medida seria o contraponto na comédia presidencial então encenada no cercadinho, na qual é reservado aos jornalistas o papel de vilões, irrecuperáveis hipócritas e desmoralizados mentirosos. “Você tem uma cara de homossexual terrível. Nem por isso eu te acuso de ser homossexual”, disse Bolsonaro em dezembro de 2019, a um repórter que ousara perguntar sobre seu filho Flávio. O senso profissional, o bom jornalismo exige vigilância contínua sobre os poderosos, e a reportagem dos principais órgãos da imprensa mantém marcação cerrada sobre os movimentos das autoridades, a começar do presidente da República. Exemplo recente de vigilância a autoridades foi a desastrosa indicação de Carlos Decotelli ao ministério da Educação. Bolsonaro opera em ambiente físico e psicológico protegido. Seguranças ocupam posições ao seu lado e atrás, enquanto o amparo emocional fica por conta dos fãs, com seus coros de aprovação entusiástica ou, quando necessário, de intimidação aos jornalistas. Tudo isso, no famoso cercadinho instalado à entrada da residência oficial. O código de conduta profissional do jornalista reza que não se pode perder as oportunidades de notícia. Essa é a regra! Imagine-se que a imprensa desista de comparecer ao cercadinho. Será como tirar um doce da boca do presidente, o jornalista não estará lá para servir de escada ou muleta as desfeitas da autoridade. O cercadinho se reduzirá aos fãs, seus gritos de “mito” e seus pedidos de selfies, será condenar-se ao tédio e à perda de tempo. Com meus respeitos, o cercadinho eleitoral não traz benefício algum para o país, pois tornou-se uma arena de encontros viciados, em que o esclarecimento, objetivo das entrevistas coletivas, perde espaço para o embuste e a vanglória. Então, pela ausência do invisível ator covid-19, teremos o cancelamento temporariamente das sessões hilárias, produzidas no cercadinho do Palácio da Alvorada. Em tempo: não é feita uma investigação social dos candidatos a exercer determinados cargos no governo?
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras