Opinião

>> Sr. Redator

Empresas aéreas

Uma empresa aérea nacional vem cometendo sérios delitos contra o consumidor. Golpe mesmo. Está cancelando voos e não deixando que o cliente remarque. Está fazendo por conta própria o reembolso, e fica calada. Quando instada, emite uma promessa de devolução, que ninguém sabe quando e em valores menor do que o gasto com a compra do bilhete. A coisa é tão escancarada e de má-fé, que vende bilhetes até três dias antes do voos a preços elevados e os cancela e nos comunica a alteração em cima da hora, normalmente, para voos em horários que não podemos viajar. A Anac cala-se, omite-se e faz o que sempre fez: nada! O governo concedeu o beneficio às empresas aéreas de devolverem o que receberam à vista em até 12 meses. Mas estão abusando e lesando milhares de consumidores! Está na hora de o Prodecon, a Senacon e o Judiciário se manifestarem. É crime grande!
» Erica Maria Martins,
Asa Sul


Pela vida

Você cuida de sua saúde, amigão? Não existe uma idade certa para começar a se cuidar. Prezar pela saúde em qualquer fase da vida é a certeza de que é melhor prevenir do que remediar. Assim como sugere o ditado popular, aposta na precaução de doenças, em especial o câncer de próstata, é a melhor saída. Por isso, especialistas alertam para a importância de manter a saúde masculina em dia.
» José Ribamar Pinheiro Filho,
Asa Norte


Desigualdade

Excelente a entrevista do antropólogo Roberto DaMatta, no Correio de 12/07. DaMatta mostra que é urgente “interligar esse Brasil, a sociedade, os costumes, os hábitos, as desigualdades que vêm da escravidão, de uma matriz aristocrática, que tinha como base o trabalho escravo”. “Proclamamos a República, mas não somos republicanos”, registra DaMatta, pois não demos aos negros, depois da abolição, condições de exercerem sua cidadania. No Brasil, o Estado veio antes da nação, por isso, ele foi criado por uma oligarquia, de proprietários e doutores — cidadãos que votavam — para servir a seus interesses, perpetuando desigualdades. Pulamos o que cientistas sociais chamam de processo de nation building: construção de identidades culturais e políticas com base na linguagem, nos valores, na memória e na história, que formam uma identidade comum, um arcabouço ideacional que molda uma unidade coletiva. Por esse processo, países formaram consensos básicos sobre questões vitais para a vida de seus cidadãos, fortalecendo a unidade e reduzindo conflitos e desigualdades. Estamos atrasados há séculos nesse campo, e a pandemia escancarou gritantes desigualdades. A maioria das pessoas ficou exposta, sem recursos, água potável e proteção social. Devemos resgatar essa dívida social que nos envergonha, começando por dar prioridade real à educação pública de qualidade e laica, como nos países desenvolvidos. Depois viriam o reforço do SUS, o saneamento e o transporte por trilhos. É o caminho para uma sociedade mais justa e decente.
» Ricardo Pires,
Asa Sul


Injustiça

Tinha dado um tempo ao Correio, com a consequente parada no envio de comentários à coluna Sr. Redator. Mas, realmente, não aguentei e retornei com muita vontade. De cara, cheguei à conclusão de que, no Brasil, essa cambada de corruptos é considerada “classe privilegiada” e merecedora de afagos pela Justiça, ou, melhor dizendo, por quem pretende fazer justiça. Agora, depois do Queiroz, foi beneficiado o condenado corrupto Geddel, com sua ida para a chamada prisão domiciliar. Ora, é sabido que isso é uma avacalhação trazida por defensores jurídicos e pela própria lei para aliviar a vida de verdadeiros meliantes, que, ao serem presos, apresentam atestados médicos ou coisa assemelhada com vistas ao recebimento desse tipo de regalia. No entanto, observa-se que esses marginais não apresentavam, anteriormente, qualquer distúrbios que confirmassem tal doença ou diagnóstico. Assim, há necessidade de que os órgãos competentes adotem medidas investigativas para anular esses procedimentos, de forma que essa corja permaneça o resto da vida na cadeia.
» Montesquieu T Alves,
Lago Norte


Bolsonaro

Estranho o comportamento silencioso do voluntarioso presidente diante de declarações ofensivas de pessoas que parecem não temê-lo. Nem uma palavra pela declaração inconsequente de Gilmar Mendes, nem respostas às desqualificações de José de Abreu, Joyce, Danilo Gentili e Major Waldir, que ameaçou implodir seu governo. A pior de todas foi a do mago Olavo de Carvalho, mandando que ele enfiasse num orifício inusual a medalha que lhe oferecera. Fingiu não ter tomado conhecimento. Com os mais tímidos — Mandetta, Moro, etc. —, ele tripudia.

» Renato Vivacqua,
Asa Norte