Opinião

Visto, lido e ouvido

Meio ambiente sem vigilância

Desde que começou a ganhar expressão mundial, nos idos dos anos 1960, a atenção com o equilíbrio ambiental, que no início era um discurso restrito às comunidades alternativas formadas por hippies naturebas e outros bichos grilo, não parou mais de crescer e de angariar devotos, se transformando hoje na preocupação número um das sociedades em todo o planeta, principalmente nos países desenvolvidos, onde a educação ambiental é já quesito obrigatório desde os primeiros anos na escola.

O debate alternativo sobre a preservação do meio ambiente foi parar sobre as mesas de pesquisadores e cientistas renomados espalhados pelos quatro cantos da Terra, que passaram a analisar o problema com mais profundidade. As observações sobre as bruscas mudanças climáticas, somadas ao aquecimento, provocados pelo efeito estufa, provaram, para esses estudiosos, que o planeta, que pensávamos conhecer bem, estava, de fato, em rápido processo de mudanças, provocadas, sobretudo, pela ação humana sem cuidado. Os seguidos alertas feitos pela comunidade internacional de cientistas sobre a possibilidade de o planeta entrar num processo irreversível de convulsão vêm surtindo efeito sobre muitos governos de muitos países, formado por pessoas sensíveis ao problema. Isso tem feito a diferença e acendeu a esperança de que a preocupação com o planeta seja uma atitude comum à população da Terra.

Obviamente, entre a comunidade internacional persistem, ainda, Estados que se mostram refratários ao ambientalismo. Para esses países, a comunidade internacional, depois de seguidos apelos, vem endurecendo não só as regras de comércio, como todas as relações econômicas, na tentativa de fazer prevalecer um mínimo de racionalidade, numa questão que diz respeito a todos indistintamente. Infelizmente, o Brasil é, hoje, um dos maiores vilões e segue desafiando outros países, sob o argumento que essa é uma questão interna e de segurança do Estado. Ao mesmo tempo em que parece remar contra a corrente internacional, o governo, nos últimos 18 meses, vem  permitindo uma escalada de devastação ambiental, com um número recorde de derrubada de matas nativas, aumentando a insânia, também, contra os movimentos ambientalistas e contra os povos indígenas. Alega dificuldade de vigilância para um país continental como o Brasil.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre agosto de 2018 até julho de 2019, o governo simplesmente fechou os olhos para um desmatamento de mais de 10.130km², uma área maior do que a de muitos estados somados. Neste ano, segundo o Inpe, a derrubada de florestas, principalmente na Amazônia, persiste num mesmo ritmo e sem sinais de abrandamento. A teimosia do atual governo em rever esse procedimento suicida tem, como resposta prática, a retração de inúmeros investimentos que poderiam vir para o país, quer por meio de fundos de investidores, quer de outros governos e empresas estrangeiras. São, segundo fontes que lidam com essa questão, dezenas de bilhões de dólares que deixam de entrar no Brasil e superam, e muito, os possíveis lucros que uma minoria ganha com a destruição de recursos naturais preciosos que a nós foi confiada por nossos ancestrais, para que cuidássemos com responsabilidade e zelo.


A frase que foi pronunciada
“Coube ao padre Antônio Vieira 
comparar os ladrões pobres do seu 
tempo, aos conquistadores romanos: 
os primeiros, por surrupiar uma bolsa, eram enforcados; os outros, ao roubar províncias inteiras, eram aclamados.”

Abraham Lincoln, estadista e advogado dos Estados Unidos


Acredite se quiser

» Ninguém duvida da tragédia causada pela pandemia no que se refere à educação. As aulas on-line são, na maioria, uma farsa. Alunos demais na tela, nem todos interessados, tédio e cansaço. Com crianças então, nem se fala. Prender uma criança de 4 ou 6 anos numa tela para orientações sem os pais do lado é impossível. Agora, a proposta de aula de natação on-line aconteceu e estarreceu os pais.


 Hora de mudar

» Por falar nisso, estranho demais: shopping, mercado, banco, ônibus, metrô, comida por entrega funcionam e escolas, não.


 Acolhimento

» UnB criou um grupo terapêutico para pessoas que perderam entes queridos durante a pandemia. Veja os detalhes no Blog do Ari Cunha.


Em casa

» Ambiente hospitalar, por mais que haja humanização, não substitui o lar. Há, no Senado, um projeto que amplia o acesso a tratamentos antineoplásicos domiciliares de uso oral para usuários de planos de assistência à saúde. Segundo o Jornal do Senado, a proposta do senador Reguffe altera a Lei dos Planos de Saúde e prevê que o tratamento será oferecido por meio de rede própria, credenciada, contratada ou referenciada, diretamente ao paciente ou representante legal, podendo ser realizado de maneira fracionada por ciclo.


História de Brasília

Os postes de iluminação do pátio de manobras do aeroporto ainda não foram acesos, mas o serviço já está terminado. Tudo pronto. Falta apenas o Ministério da Aeronáutica receber o serviço do empreiteiro. (Publicado em 10/1/1962)