Opinião

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Educação

O presidente Bolsonaro tem, agora, a chance de escolher para o Ministério da Educação uma pessoa competente, sensível e que seja uma boa gestora. O país precisa disso, e não é missão impossível, tanto que o atual governo encontrou o MEC em uma boa situação, graças a 2,5 anos da gestão de Mendonça Filho, à frente de uma excelente equipe. Nesse período, essa equipe reestruturou o MEC, criou o ensino médio em tempo integral, as novas bases nacionais curriculares (BNCC), dos ensinos fundamental e médio, expandiu o ensino nas áreas indígenas e reestruturou o Fies, fundo que tinha deficit de mais de R$ 50 bilhões das gestões do PT, com a expansão irresponsável das matrículas em cursos particulares. A gestão de Mendonça Filho pôs as coisas no lugar e era só continuar o trabalho. A educação é a única forma de propiciar ascensão social para a maioria de nossos jovens, de construir uma sociedade mais democrática e de viabilizar o desenvolvimento do país, com uma mão de obra qualificada. A melhor resposta aos desmandos e à ideologização da educação é estruturar e ofertar à sociedade um ensino básico de qualidade, se possível em tempo integral, que dê perspectiva de futuro aos jovens, atendendo a seus anseios de crescimento como cidadãos e como profissionais. Este governo tem de voltar a esse foco. Os milhões de jovens, que chegam a cada ano ao ensino médio, têm o direito elementar de cursar uma boa escola, que lhes dê conhecimento para o exercício da cidadania e uma profissão que assegure uma vida digna. É preciso ter responsabilidade com relação à vida da maioria dos jovens que estuda na escola pública — e não pode esperar — e, consequentemente, com o futuro do país.
» Ricardo Hernane Pires,
Asa Sul


Favelas

O ministro Edson Fachin, do STF, determinou a suspensão de operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia do vírus chinês, salvo em casos absolutamente excepcionais. Diz a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) : “Que, sob pena de responsabilização civil e criminal, não se realizem operacões policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante a epidemia da covid-19”. A decisão foi tomada na ADPF 635, em que o PSB questiona a política de segurança pública do governador Wilson Witzel. Pelos dizeres da ADPF, “comunidades do Rio de Janeiro”, a polícia está proibida de atuar em todo o estado do Rio de Janeiro, onde estão as diversas comunidades. Assim sendo, os policiais estão dispensados do trabalho e podem se recolher em isolamento domiciliar, como todos os ministros e parlamentares do Brasil! Agora, se era para não entrar nas favelas e guetos do Rio de Janeiro, onde moram os eleitores do PSB, o ministro deveria ser claro e explícito, citando cidades e favelas, declinando o nome de cada uma das unidades protegidas pela ADPF e pelo PSB. Favelas, no Brasil, são aglomerados subnormais, como consequência da má distribuição de renda e do deficit habitacional no país, (denominação adotada pelo IBGE a partir do Censo de 2010), e não comunidades. Acho que precisamos ressuscitar Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto) e seu Febeapá!
» Cauby Pinheiro Junior,
Águas Claras


Weintraub

Não acredito que representantes do Banco Mundial estejam alheios ao que ocorre no Brasil. Não passou de arrogância e prepotência, o ex-ministro Weintraub, na encenação constrangedora e patética com o presidente Bolsonaro, dizer que foi convidado para assumir um posto naquele organismo internacional. O pessoal do Bird, com certeza, não é aloprado para convidar um pessoa tão “imprecionante” quanto Weintraub. A atuação dele à frente do Ministério da Educação deixou claro que ele não tem a menor competência para gerenciar uma lavanderia de fundo de quintal, menos ainda para representar várias nações no Banco Mundial. A imagem do Brasil, diante das loucuras e da incapacidade do atual governo, está completamente ofuscada pela nódoa de cada dia, principalmente na condução da política de saúde em tempo de pandemia. Weintraub no Banco Mundial seria mais do que uma vergonha para o país, que se revelou o que há de pior na extrema direita, além de ser racista e absolutamente destemperado para conduzir qualquer órgão público ou privado. Seria a primeira vez que o país exportaria um representante sem qualificação para cargo tão importante.
» Joaquim Honório,
Asa Sul


Confusões

Estamos vivenciando, atualmente, em nosso país, um verdadeiro pandemônio. Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa! Estamos confundindo notícias mentirosas (fake news) com liberdade de expressão. Noticiar mentiras ou injúrias é crime previsto em lei. Liberdade de expressão é outra coisa. É discordar de uma medida do Poder Executivo; criticar uma decisão de algum membro do Poder Judiciário; não concordar com alguma mordomia de um Poder ou discordar de alguma política ambiental, por exemplo, tudo isso sem agredir pessoalmente a autoridade que tomou a decisão que se ache errada. Devagar com o andor, minha gente! Vamos torcer e deixar o Poder Executivo tentar colocar o nosso país nos eixos, fazendo críticas pertinentes quando oportunas; vamos fiscalizar o Poder Legislativo, pois, afinal de contas, os parlamentares estão lá no Congresso como nossos representantes, e vamos lembrar aos ministros do STF que eles são os guardiões de nossa Constituição, tudo sem partir para os ataques pessoais. Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Na prática, o governo brasileiro estaria dando fuga a um homem que está sendo processado no Supremo Tribunal Federal por racismo.
» Paulo Molina,
Asa Norte